Maputo, 15 Set (AIM)- A Thai Mozambique Logistic acaba de assegurar a disponibilidade de fundos para a concretização do projecto do Porto de Macuse, na província da Zambézia, centro de Moçambique, cujo arranque está previsto para Fevereiro do próximo ano.
Falando em mais um encontro de consulta pública, realizado esta semana em Quelimane, capital da província, o representante da Thai Mozambique, José Fonseca, disse que houve dificuldades de contratação de fundos para cobrir todo o projecto, mas há condições para o seu arranque, tendo em conta as oportunidades que a Zambézia e a região oferecem.
Desenhado pelo Ministério dos Transportes e Comunicações há sete anos, o empreendimento inclui a construção de uma linha-férrea ligando Chitima-Moatize, na província central de Tete, e Macuse, e um porto de águas profundas na região de Supinho, distrito de Quelimane, destinado ao escoamento de carvão mineral para o exterior.
O encontro reuniu representantes da Thai Logistic Mozambique, Governo e vários segmentos da sociedade civil, em Quelimane, para partilha de informações sobre o actual estágio do projecto, avaliado em 500 milhões de dólares norte- americanos.
Segundo o “Notícias” desta quinta-feira (15), o representante da Thai Logistic Mozambique apontou algumas das vantagens económicas da implantação do porto, que para além do carvão inclui o escoamento de mais de dois milhões de metros cúbicos de madeira da Portucel.
A expectativa é que também catapulte o agro-negócio e dinamize a economia da Zambézia e da região.
Por estas razões, José Fonseca apelou para a necessidade das estruturas governamentais apoiarem a sua concretização.
O governador da Zambézia, Pio Matos, disse que o porto vai permitir escoar mais produtos e atrair mais investimentos para a província.
Pio Matos considera que o Porto de Macuse será a principal arma para combater a pobreza e impulsionar o desenvolvimento local, por isso o Governo vai continuar a apoiar a Thai Mozambique Logistic para que o mesmo se concretize.
A infra-estrutura portuária vai ocupar uma área de 700 hectares, na margem de Supinho (distrito de Quelimane), e 350 do lado de Macuse (Namacurra).
Na fase de execução deverão ser gerados cerca de oito mil empregos, 3000 dos quais directos e cinco mil sazonais.
Para o empreendimento será necessária uma logística de mais de 120 camiões de grande tonelagem para o transporte de agregados como saibro, brita e pedra, identificada na localidade de Munhiba, distrito de Mocuba, na Zambézia.
Para acomodar o projecto serão reassentadas cerca de 700 famílias até o final do presente ano, para novas habitações que já foram construídas.
Segundo o jornalo, empresários e organizações da socidade civil na província da Zambézia advogam que o projecto do Porto de Macuse deve sair do papel para a sua implementação práctica.
Lucas José, empresário, disse que o projecto tem potencial de espevitar o desenvolvimento da província da Zambézia, daí a urgência e expectativa dos empreendedores locais.
Miguel São Lima, que participou no encontro, disse que a província quer ver o projecto a se concretizar para a geração de receitas, impostos, emprego e nascimento de pequenas e médias empresas que poderiam prestar serviços ao projecto.
(AIM)
FF
Relacionadas
2024-12-09