Maputo, 14 Set (AIM) – A Primeira-dama de Moçambique, Isaura Nyusi, lançou um apelo ao Grupo Mundial de Chefes de Estado e de Governo envolvido nos programas de combate às Doenças Não Transmissíveis (DNT) a se comprometerem, ao mais alto nível, e reconhecerem que as DNT continuam a ser uma das questões de saúde pública mais preocupantes.
Isaura Nyusi afirma ter chegado o momento de agir coletivamente e colmatar as lacunas na prevenção e resposta a este problema.
“Devemos pautar pela implementação de acções multissectoriais baseadas em evidências que já comprovamos a sua efetividade para salvar vidas humanas”, disse a esposa do Presidente da República, discursando hoje (14) durante a reunião virtual multissectorial da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a luta contra as DNT para a Consecução da Cobertura Universal da Saúde.
O comprometimento do Grupo Mundial inclui uma garantia de recursos e capacidade técnica coerentes, e o envolvimento activo de todos os sectores dos governos e não-governamentais, bem como das comunidades.
Uma forte governação e liderança a todos os níveis facilita o trabalho do grupo multissectorial, através de legislação, políticas, planos e acções efectivas que apoiam os mecanismos de coordenação e proporcionam um ambiente adequado para a eliminação do cancro do útero.
Aliás, os sistemas de saúde que já estão sobrecarregados, beneficiam de acções multissectoriais, com um uso adequado de recursos e impacto nas populações vulneráveis.
No caso de Moçambique, e com o aumento dos casos de cancro do colo do útero, como patrona, Isaura Nyusi assumiu a responsabilidade de intensificar a defesa e liderança a todos os níveis, para eliminar o cancro do colo do útero.
Avançou com acções para eliminar a doença, em coordenação com os Ministérios da Saúde; Educação e Desenvolvimento Humano; Género, Criança e Acção Social, bem como a sociedade civil e membros da comunidade, incluindo parceiros de cooperação e doadores anónimos.
Por isso, Isaura Nyusi estabeleceu o grupo multissectorial, que mobilizou recursos e conhecimentos especializados para fazer avançar a eliminação do cancro do colo do útero, melhorando, assim, a saúde pública em geral no país.
“Com esta liderança activa, realizamos progressos consideráveis no que se refere à eliminação do cancro do colo do útero”, afirmou.
Como exemplo, Isaura Nyusi apontou a vacina contra o PapilomaVírus Humano (HPV) que foi incluída no programa alargado de vacinação, e introduzida nas escolas, com objectivo de imunizar as raparigas e sensibilizar os professores, alunos e suas famílias, para prevenção e combate do cancro do colo do útero.
Apontou também a introdução dos serviços de prevenção primária, que consistem no uso de métodos de alto desempenho para o rastreio e tratamento de lesões precursoras do cancro do colo do útero nos cuidados de saúde primários.
Os serviços têm ênfase na qualidade e na cobertura, o que levou, segundo a esposa do Presidente da República, a um aumento do acesso das mulheres ao rastreio do cancro do colo do útero.
Para a Primeira-dama, durante o início dos serviços de prevenção primária, o acompanhamento e avaliação da colaboração multissectorial são cruciais para garantir progressos contínuos na implementação de planos e acções multissectoriais.
Disse que a divulgação de informações relacionadas com o cancro e as campanhas de sensibilização nas línguas nacionais tem ajudado a aumentar a compreensão e a evitar o estigma e a discriminação contra as mulheres e suas famílias.
Desde a sua criação, em 1975, o objetivo do Gabinete da Primeira-Dama de Moçambique tem sido patrocinar, promover, monitorar, encorajar e galvanizar parcerias nacionais e internacionais para encontrar soluções dos problemas que afectam as pessoas mais vulneráveis.
(AIM)
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