Maputo, 14 Set (AIM) – Operadores de transporte semi-colectivo de passageiros do Terminal Rodoviário Inter-provincial e Internacional da Junta, na cidade de Maputo, a capital moçambicana, queixam-se da fraca adesão de passageiros devido a existência de transportadores clandestinos.
A preocupação foi apresentada esta quinta-feira (14) ao cabeça de lista da Frelimo, o partido no poder em Moçambique, Razake Manhique, que irá concorrer pela cidade de Maputo, nas VI eleições autárquicas, marcadas para o dia 11 de Outubro próximo.
Os transportadores dizem que a situação está a contribuir em grande medida para a redução de passageiros no maior terminal rodoviário do país.
“O terminal da Junta virou um monstro que não é sustentável. Está rodeado de muita pirataria que torna o transporte de passageiros insustentável. Temos terminais clandestinos em volta desta cidade de Maputo. Está cheio de concorrentes ilegais em todas as esquinas”, disse Samuel Mabjaia, um dos transportadores de semi-colectivo de passageiros.
Os transportadores apontaram ainda o encurtamento de rotas e a degradação de algumas vias de acesso, como um dos factores que tem estado a comprometer a sua actividade.
“Nós temos problemas sérios de vias de acesso lá no mercado do Zimpeto [maior mercado grossista do país]. As entradas e saídas para aquele recinto são um caos. Então, como é que vamos ter um transporte com segurança e qualidade com vias de acesso daquela maneira?’, questionou Frederico, outro transportador.
Em reacção as preocupações apresentadas, Manhique prometeu que, caso seja eleito, vai trabalhar junto da classe para a solução dos problemas, visando o bem-estar do munícipe.
‘Tenham a tranquilidade de que tudo o que eu for a decidir sobre os transportadores, não vamos avançar sem que nos possamos sentar’, assegurou Manhique.
Manhique terá como adversários os deputados Venâncio Mondlane, cabeça de lista da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique; e Augusto Mbanzo, do Movimento Democrático Moçambique (MDM), segundo maior partido da oposição.
Os três partidos irão concorrer em todas 65 autarquias do país.
(AIM)
Leonel Ngwetsa (LW)/mz