Maputo, 19 Set (AIM) – A Primeira-Dama de Moçambique, Isaura Nyusi, foi distinguida segunda-feira (17), nos EUA, pelo seu empenho em prol do desenvolvimento do país, particularmente na promoção e defesa dos direitos da rapariga.
A distinção foi atribuída pela Organização DreamUp – SpeakUp – Stand Up – DUSUSU, com sede em Nova Iorque, e é a segunda, tendo a primeira sido em Março de 2018, na capital moçambicana Maputo.
Na ocasião, a primeira-dama exprimiu o seu profundo agradecimento e reconhecimento a DUSUSU pelo premio que engrandece o país e promove a equidade do género, particularmente na luta contra as uniões prematuras.
“Temos plena consciência que esta premiação denota um compromisso e responsabilidade acrescida que recai sobre nós, para continuarmos a fazer mais e melhor, em defesa da rapariga. Assumimos esse nobre compromisso!”, disse Isaura Nyusi, durante o evento.
Referiu que o acto é um testemunho do quão importante é a agenda sobre a igualdade e equidade do género, educação da rapariga, prevenção e combate à violência baseada no género e às uniões prematuras em Moçambique.
“O prémio que hoje nos é atribuído é resultado de trabalho árduo de moçambicanas e moçambicanos, sem nenhuma distinção: mulheres, homens, raparigas, rapazes, líderes comunitários, governo, sociedade civil, confissões religiosas, sector privado e parceiros de cooperação, que têm estado a colaborar connosco, ao longo destes anos’, sublinhou.
“Esperamos que esta condecoração que hoje nos é outorgada sirva também de lição para as gerações vindouras, para continuarem a acreditar que, com o trabalho e a participação de todos nós é possível criarmos um mundo melhor’, acrescentou.
A Primeira-dama enalteceu o comprometimento do governo em prol do bem-estar das mulheres e homens, raparigas e rapazes, para que tenham as mesmas oportunidades e direitos e deveres na esfera política, económica, social e cultural, ampliando, deste modo a protecção e segurança jurídica do estatuto da mulher.
Apontou particularmente a aprovação de um conjunto de políticas e instrumentos orientadores, tais como aprovação da Lei sobre Prevenção e Combate às Uniões Prematuras.
Destacou ainda, a revisão da Lei da Família que estabelece 18 anos como idade núbil, para homens e mulheres sem excepção; Política de Género e a Estratégia de Sua Implementação; e Planos Nacionais para o Avanço da Mulher e de Prevenção da Violência Baseada no Género.
Na educação, sublinhou que, em 2018, Moçambique aprovou uma reforma educacional que, por um lado, estende a escolaridade obrigatória até à 9ª classe e, por outro, remove uma antiga barreira que impedia que as raparigas grávidas frequentassem a escola no turno diurno.
A reforma, segundo ela, permitiu a redução da taxa de analfabetismo de 50 por cento, em 2007, para 39 por cento, em 2022.
No domínio da saúde, Isaura Nyusi falou da vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) que foi incluída no programa alargado de vacinação e introduzida nas escolas a fim de imunizar as raparigas para prevenção e combate do cancro do colo do útero.
(AIM)
Leonel Ngwetsa (LW)/ sg
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