Exxommobil mantém compromisso de investir na exploração de gás natural em Cabo Delgado
Maputo, 23 Set (AIM) – A multinacional petrolífera norte-americana ExxonMobil mantém o seu compromisso de investir na exploração de gás natural na bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, extremo norte de Moçambique.
O compromisso foi assumido num encontro havido entre a liderança daquela multinacional e o estadista moçambicano, Filipe Nyusi explicou que se deve aos progressos alcançados no combate ao terrorismo nos últimos tempos em Cabo Delgado.
“Tivemos um jantar de trabalho com a ExxonMobil para compreendermos precisamente qual é a evolução e eles tirarem as dúvidas daquilo que é a evolução na zona. O problema deles é quando é que retomam, e temos estado a trabalhar neste sentido e eles avaliaram os sucessos com muita satisfação”, disse Nyusi, em conferência de imprensa minutos após do seu regresso dos EUA, onde participou na 78ª Sessão Anual da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Refira-se que a ExxonMobil ainda está a avaliar a situação de segurança em Cabo Delgado, onde alguns distritos da região norte são alvos de ataques terroristas perpetrados por grupos extremistas, desde Outubro de 2017.
Em Washington, Nyusi visitou o Pentágono onde o Secretário do Estado de Defesa, Lloyd Austin, garantiu o apoio dos EUA no combate à pirataria marítima e outros crimes que acontecem no mar, sobre tudo na região norte, severamente afectada pelo extremismo violento.
“Estive também no Pentágono, com o Secretário de Defesa, onde avaliamos a nossa cooperação no âmbito da defesa e no âmbito da fiscalização do mar para evitar os crimes que acontecem, como a pesca ilegal, tráfico de drogas e de pessoas e também do terrorismo”, anotou.
“Portanto, trocamos impressões e temos estado a trabalhar com os EUA neste sentido e haverá seguimento, com vista a contornarmos aqueles que usam as nossas águas para cometer crimes”, sublinhou.
No âmbito dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Nyusi apontou a necessidade de aumentar assistência humanitária às pessoas vulneráveis.
Sobre o encontro que manteve com o seu homólogo do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, Nyusi disse que foi uma oportunidade para apreciar a experiência daquele país vizinho na produção do trigo e manifestou o desejo de fazer a réplica em Moçambique.
Já com o estadista do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit, partilhou os esforços empreendidos para a pacificação do seu país. Durante o encontro, o líder sudanês agradeceu a eleição de Moçambique como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Nyusi também manteve encontro com o estadista ruandês, Paul Kagame, com quem trocou impressões sobre o ponto de situação do conflito militar em Cabo Delgado.
O chefe do Estado moçambicano também reuniu-se com o Secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, com quem abordou vários assuntos com destaque para o processo de Desmobilização, Desmilitarização e Reintegração de ex-guerrilheiros da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique.
(AIM)
Leonel Ngwetsa