Chimoio (Moçambique) 04 Out (AIM) – O secretário de Estado na província central de Manica, Dick Kassotche, diz que a paz em Moçambique deve começar nos corações de todos os cidadãos, no seio familiar amando o próximo, num espírito de amor, reconciliação e Unidade Nacional.
Assim estaremos a preservar este bem que é de todos nós, conquistada com muito sacrifício através de entendimento entre os filhos desta pátria, depois de 16 anos de guerra civil.
Dick Kassotche falava a hoje em Chimoio, durante as celebrações da passagem de 31º aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz, assinado a 04 de Outubro de 1992, em Roma, capital italiana e que marcou o fim da guerra dos 16 anos, que envolveu a Renamo e as forças governamentais.
O governante, lembra que uma das formas de preservar a paz é cultiva-la através do bem, começando no coração de cada cidadão, em casa e, também, saber amar ao próximo.
“Cada um onde estiver deve levar a paz o seu coração. Saber que não deve fazer mal ao próximo. Se assim fizermos, estaremos a contribuir para que esta paz, que é um bem comum, dure para sempre” disse Dick Kassotche.
Vincou que as diferenças políticas não podem constituir uma ameaça à paz. Pelo contrário, “a forma mais bonita de viver é em paz. Onde a forma de ser e pensar não pode ser motivo para a guerra”.
“A paz não pode ser apenas uma palavra bonita. Numa casa podemos ter duas pessoas que pertencem partidos diferentes. Mas no final do dia são pessoas e vivem juntas. Então, é preciso sabermos respeitar essa diferença. Saber que somos todos irmãos. Se pensarmos assim estaremos a viver em paz”, acrescentou.
Sobre os ataques terroristas que afectam alguns distritos do norte de Moçambique desde Outubro de 2017, disse “o nosso apelo é que façamos uma reflexão sobre este mal e que rapidamente se restabeleça a paz naquele ponto do país”.
Referiu que é com a paz que Moçambique pode conhecer progressos, com a materialização de vários projectos de desenvolvimento social e económico.
“Vamos dizer chega aos conflitos. Se acabarmos com qualquer tipo de violência e vamos construir um Moçambique cada vez mais desenvolvido a pensar nas futuras gerações”.
As cerimónias alusivas ao Dia da Paz foram marcadas por um desfile na cidade de Chimoio, deposição de coroa de flores na Praça dos Heróis Moçambicanos e a premiação de estudantes e concorrentes do concurso de redacção sobre paz.
Também foram galardoados estudantes em desenho sobre a paz.
Houve momentos para actividades culturais e discursos por ocasião da data, marcada pela forte presença de líderes religiosos, comunitários, políticos e a população em geral.
(AIM)
NM /sg