
Director provincial do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) em Sofala, Jorge Donquene
Beira (Moçambique),07 Out (AIM) – O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), na província central de Sofala, nega ter havido viciação de cadernos de recenseamento, com vista a incrementar o número de eleitores nesta parcela de pais, face às eleições de 11 de Outubro corrente.
Na última quinta-feira, o partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM) acusou os órgãos eleitorais de terem protagonizado uma série de irregularidades, incluindo a viciação de cadernos de recenseamento, sobretudo os últimos.
Na ocasião, o MDM exibiu cópias de cadernos onde aparecem eleitores, supostamente, inscritos depois do processo de recenseamento ter terminado. Denunciou também a existência de cartões de eleitor sem o chip, bem como a movimentação de pessoas de fora do raio da autarquia da Beira, que o partido receia que possam votar.
Neste sábado, o STAE, em Sofala, convocou uma conferência de imprensa para explicar sobre o nível de preparação face à aproximação do dia da votação. Na ocasião, os jornalista pediram ao director provincial do STAE em Sofala, Jorge Donquene, para comentaar sobre a denúncia do MDM.
“Eu acho que a acusação é vaga. Não temos algum sinal que haja viciação de cadernos, a não ser que seja alguma questão técnica, que possa contrapor aquilo que a lei nos incumbe fazer”, disse Donquene, explicando que, depois de fecho legal do recenseamento não havia possibilidade de “produzir eleitores, pois o sistema fecha por si”
“Em termos de diferença de números fornecidos numa data e depois voltaram a ser fornecidos noutra data, inclui-se, de facto, a questão de Marromeu, porque não nos tinha fornecido o registo do primeiro caderno antes da movimentação de uma brigada e, isso, de facto, foi depois acautelado”,esclareceu.
Sublinhou que o processo de arrumação e impressão dos cadernos é presenciado pelos técnicos de todas as sensibilidades políticas.
“Gostaria de vos garantir que esse exercício não aconteceu”, afirmou Donquene.
Sobre os cartões sem chip, a fonte disse que são materiais que podem ser apresentados e verificados, pelo que, sendo legais ou não, essas questões podem ser tratadas em fórum próprio, fórum administrativo ou judiciário.
“Não tomamos conhecimento. Infelizmente, essas comunicações chegam primeiro `a imprensa, porque são apresentados num fórum em que o STAE lá não está, e nós tomamos conhecimento aqui. Não nos entrou nenhuma comunicação nesse sentido”, argumentou Donquene.
(AIM)
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