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Massingir (Moçambique), 13 Out (AIM) – O Parque Nacional do Limpopo (PNL), situado na província de Gaza, sul de Moçambique, está a busca de mecanismos para reduzir o número de casos de conflito Homem-Animal.
Para o efeito, arrancou esta semana um censo aéreo da fauna bravia, um exercício orçado em cerca de 30 mil dólares financiados pela Peace Parks Foundation (PPF), entidade sul-africana que actua no ramo da conservação, com vista a ter o registo da população de fauna bravia existente no parque.
Segundo o administrador do Parque Nacional do Limpopo, Fernando Pariela, os dados do censo poderão melhor elucidar sobre a evolução da população da fauna bravia e, assim, facilitar a tomada de decisões.
“Uma das actividades importantes que vamos fazer com esses dados [do censo] é a gestão do conflito Homem-fauna bravia”, disse, acrescentado que se pretende fazer um levantamento dos animais e sua distribuição ao longo do parque.
Refere, ainda, que o censo vai ajudar na tomada de medidas com vista ao desenvolvimento do turismo ao nível do parque, lembrando que “ o turismo nas áreas de conservação tem como produto principal a fauna bravia”.
“Portanto, em função do número dos animais que vamos registando, obviamente que também vai nos ajudar a tomar melhores decisões para o desenvolvimento de turismo”, referiu.
Sem avançar números, a fonte disse que quanto ao tipo de conflito Homem-fauna bravia registados no parque, destaca-se a destruição de machambas das comunidades.
Na ocasião, o gestor de operações e desenvolvimento da Peace Parks Foundation no Parque Nacional do Limpopo, Kobus Haveman, referiu que a ideia do censo é, também, compreender a demografia animal, incluído saber quantos são, onde estão e se estão situados num onde local há alimentação suficiente, bem como verificar o nível de protecção dos bravios dentro do parque.
“Então, em primeira mão nós precisamos determinar essas variantes. Em segundo, o censo visa, também, examinar quantos animais estão em zonas com baixo nível de água”, acrescentou Haveman.
O censo, que conta com o apoio de meios aéreos vai decorrer por um período de 10 dias e com a participação de cinco técnicos responsáveis pela contagem dos animais e três pilotos.
Dados do último censo feito no Parque Nacional do Limpopo, realizado em 2018, apontam a existência de 792 elefantes, 5.883 búfalos, 103 girafas, 667 hipopótamos e 1.998 impalas, entre outras espécies.
(AIM)
SC/sg