
Joaquim Chissano antigo Presidente da República
Maputo, 17 Out (AIM) – O antigo presidente moçambicano, Joaquim Chissano, considera que as presentes eleições autárquicas, cuja votação teve lugar a 11 do mês corrente, foram pacíficas.
Chissano reconhece, porém, ter havido algumas falhas durante o processo, que descreve como sendo um fenómeno que ocorre em quase todo mundo.
Aliás, diz o antigo estadista moçambicano, durante essas convulsões não se registou o pior e “esperamos que não aconteça o pior”.
“O processo eleitoral foi pacífico. Teve algumas convulsões, sim, mas como há em muitas partes dos mundo”, disse Chissano, que falava na tarde de hoje (17), na cidade de Maputo, à margem da conferência nacional intitulada “Moçambique e as perspectivas para o futuro: Manifesto para a construção de uma agenda de compromisso por Moçambique”.
Sobre a marcha iniciada hoje pela Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, Chissano diz ser do direito do partido reivindicar, contudo, deve fazê-lo da maneira correcta.
Aponta ainda para o diálogo entre as partes como forma de resolver conflitos e/ou manifestações, como forma de alcançar a paz.
Em causa da manifestação da Renamo, está a reivindicação de ter ganho em, pelo menos, nove autarquias do país, incluindo Maputo, com base na contagem paralela que realizou a partir das actas e editais das assembleias de voto e várias organizações da sociedade civil, incluindo o Fórum Sala da Paz, que já vieram a público apontar várias irregularidades ocorridas durante o processo eleitoral.
Dois tribunais distritais já decidiram mesmo recursos a favor da oposição e ordenaram a repetição das eleições nos municípios de Cuamba, província do Niassa, e em Chókwè, província de Gaza.
(AIM)
SC/sg