Maputo, 18 Out (AIM) – O governo moçambicano defende a elaboração e implementação de estratégias transnacionais para fazer face as mudanças climáticas.
A posição de Moçambique foi expressa esta quarta-feira (18) pelo primeiro-ministro, Adriano Maleiane, na sua intervenção no Terceiro Fórum Cinturão e Rota para Cooperação Internacional Fórum de Alto Nível, um evento no qual participa em representação do Presidente da República, Filipe Nyusi.
Maleiane explica que o facto de Moçambique ser um dos países mais vulneráveis ao risco de desastres reforça a convincção do governo sobre a necessidade de harmonizar as estratégias transnacionais para fazer face as mudanças climáticas.
“Moçambique, dada a sua localização geográfica, é um dos países que, nos últimos anos, tem sido assolado de forma cíclica e cada vez mais frequente e com maior intensidade por eventos climatéricos extremos, com destaque para ciclones, cheias e secas”, acrescentou o governante.
Os eventos climatéricos extremos referidos têm causado perda de vidas humanas e destruição de diversas infra-estruturas económicas e sociais, retardando desta forma o processo de desenvolvimento do país.
É neste âmbito que durante o seu mandato no Conselho de Segurança das Nações Unidas no biénio 2023-2024, Moçambique tem como uma das prioridades da sua agenda promover acções que contribuam para o alcance de consensos sobre as melhores formas para fazer face às mudanças climáticas.
Maleiane aproveitou a oportunidade para mencionar algumas medidas que foram tomadas pelo governo para o fortalecimento do sistema de gestão do risco de desastres nos domínios da prevenção e mitigação.
Destacam-se entre as medidas a implementação de um Plano Director para a Redução do Risco de Desastres (2017-2030) que visa reduzir o risco de desastres, a perda de vidas humanas e de infraestruturas vitais, assim como elevar a resiliência perante eventos climáticos extremos; e
Política e Estratégia para a Gestão de Deslocados Internos que visa assegurar a assistência e reinserção socio-económica dos deslocados internos.
A nível regional, Moçambique acolhe o Centro de Operações Humanitárias, de Emergência e de Resiliência da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SHOC), em Nacala, província de Nampula.
Este facto, disse Maleiane, testemunha o compromisso do governo moçambicano de participar na gestão do impacto de mudanças climáticas a nível da região da África Austral e do mundo, no geral.
Aproveitou a oportunidade para manifestar o apreço do governo moçambicano ao Povo Chinês pelo apoio multifacetado que tem concedido a Moçambique no âmbito da gestão do risco de desastres.
Concluiu reafirmando o engajamento e compromisso de Moçambique em continuar a aprofundar o relacionamento entre ambos os países no quadro da Iniciativa Cinturão e Rota em prol do desenvolvimento sustentável.
(AIM)
FG/sg