Maputo, 19 Out (AIM) – A bancada parlamentar da Frelimo, partido governamental em Moçambique, diz que nunca colocou em causa alguma derrota eleitoral, recorrendo a desordem.
A Frelimo deixa claro que confia nos órgãos de gestão eleitoral.
A posição foi expressa hoje, em Maputo, pelo chefe da bancada da Frelimo, Sérgio Pantie, na abertura da oitava sessão ordinária da Assembleia da República (AR), o parlamento, boicotada pela oposição.
Nenhuma bancada da oposição, nomeadamente da Renamo, o maior da oposição, e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo, discursaram na abertura como habitualmente.
No seu longo discurso de abertura, Pantie disse que o voto a favor da Frelimo nas últimas autárquicas é de confiança.
“Isto revela o trabalho da Frelimo”, disse.
Afirmou que a contagem intermédia do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), órgão de gestão dos processos eleitorais, “atestam que o povo legitimou a Frelimo em 64 dos 65 municípios” que acolheram as autarquias de 11 de Outubro.
Frisou que a reacção da oposição contra a vitória da Frelimo em municípios como Angoche, Ilha de Moçambique, Quelimane, Malema, Nacala Porto, Cuamba, Chiúre, entre outros, é “falacia”.
“Mesmo nas novas autarquias como Matola-Rio, Ibo, Balama, Morrumbala, a Frelimo ganhou”, vincou.
Disse que em 2018, a província de Nampula, norte de Moçambique, a Frelimo obteve vitória em praticamente todos municípios, mas nunca recorreu a vandalismo para reclamar alguma injustiça nas urnas.
“Nunca instou a violência, nem desobediência”, frisou Pantie.
O Parlamento volta a reunir a um (01) de Novembro, em sessão plenária.
(AIM)
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