Maputo, 20 Out (AIM) – O Hospital Central de Maputo (HCM) necessita de mais 100 unidades de sangue por dia, contra as 30 colhidas actualmente no Banco de Sangue desta unidade sanitária, a maior de Moçambique, para a realização de 30-40 intervenções cirúrgicas.
“O máximo que colhemos em época boa são 70 unidades por dia e o que deveríamos colher num só dia para satisfazer às necessidades do hospital seriam 120 unidades” disse Mouzinho Saíde, director-geral do HCM, em Maputo, falando à jornalistas em conferência de imprensa havida hoje em Maputo.
“A maior parte de intervenções cirúrgicas necessitam de sangue. Entretanto, o nosso Banco de Sangue, nem sempre tem as unidades de sangue suficientes para cobrir as necessidades. Apelamos, por isso, à solidariedade dos nossas concidadãos para doarem sangue porque sem sangue não vamos conseguir fazer intervenções cirúrgicas”, explicou.
Falando sobre os desafios que o HCM enfrenta, Saíde disse que o berçário está a funcionar muito acima da sua capacidade por se tratar de um hospital de referência para qual são evacuados todos casos críticos.
“O nosso berçário que tem capacidade para 40 incubadoras. Neste momento, tem 62 recém-nascidos, mais do que a capacidade de internamento. Como consequência temos que ter duas crianças num berço o que não é bom, mas não temos alternativa”, disse.
Disse ainda que o HCM tem apenas 15 pontos de oxigénio no berçário, mas neste momento tem 25 crianças que necessitam de oxigénio algo que, segundo a fonte, exige soluções inovadoras para suprir as necessidades.
Na mesma ocasião, Saíde, disse que no HCM há cerca de 35 sub-especialidades e tem, portanto, pessoal capaz de intervir em várias áreas de actividade, sobretudo neste momento em que os serviços de urgências já começam a ter um incremento de número de doentes.
Explicou que neste período do ano o hospital central tem conhecido um movimento grande de doentes quase que triplicamos ou quadruplicamos o número de doentes que são atendidos nos serviços de urgências”, disse.
“Normalmente, nos serviços de urgências de pediatria, nós atendemos até 200 doentes na época normal, mas quando começa esta época quente e chuvosa o número de doentes duplica às vezes triplica, então as enchentes são frequentes”, disse.
(AIM)
SNN/sg