
Vacinação do gado bovino. Foto de Santos Vilanculos
Maputo, 20 Out (AIM)- As autoridades moçambicanas da pecuária estão a preparar a segunda ronda de vacinação do gado contra a febre aftosa, na província central de Tete e alguns distritos de Manica, também no centro, e Niassa, no norte, no quadro das acções para o controlo da doença.
Para o efeito, a Direcção Nacional de Desenvolvimento Pecuário (DNDP), no Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), alocou 350 mil doses do imunizante a ser administrado, proximamente, em animais das áreas de elevado risco de ocorrência de surtos desta doença transnacional.
Zacarias Massicame, chefe do Departamento de Prevenção e Controlo de Doenças no Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), explicou que a realização da segunda etapa visa garantir a defesa do efectivo bovino e salvaguarda da saúde pública.
“A primeira campanha de vacinação terminou em finais de Agosto para os carbúnculos hemático e sintomático. Agora estamos a preparar a segunda fase, mas só para a febre aftosa na província de Tete e parte do Niassa e Manica”, disse o responável, citado hoje pelo “Notícias”.
Anotou que foram adquiridas, este ano, 450 mil doses de inoculantes contra a febre aftosa fundamentalmente para controlar o surto em alguns distritos de Tete.
“Não temos registo de novos casos desde o início do ano. Mas sempre que temos surtos, o período de controlo é de dois anos, no qual devemos administrar quatro doses consecutivas nas zonas prioritárias, para suprimir a circulação do vírus”, disse Massicame.
Realçou terem sido registados episódios em Doa, Moatize, Chifunde e nos distritos a Sul de Tete, que levaram as autoridades a decretarem restrições no movimento de gado bovino, caprino e suíno para fora da província.
Reiterou que o sector continua a fazer a monitoria regular da evolução da febre aftosa nesta e noutras regiões do país e, em devido momento, poderá propor o levantamento das medidas de controlo em vigor.
A febre aftosa é das doenças transfronteiriças mais preocupantes devido à sua capacidade de rápida transmissão e propagação, com impactos económicos negativos devido às restrições que impedem o acesso ao mercado.
(AIM)
FF