Maputo, 20 Out (AIM) – A Polícia da República de Moçambique (PRM) desmente informações postas a circular alegando a morte de quatro cidadãos durante as manifestações populares ocorridas no distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado, região norte.
O desmentido é do porta-voz do Comando Geral da PRM, Orlando Mudumane, proferido em conferência de imprensa havida hoje, em Maputo, para fazer o balanço dos principais incidentes ocorridos depois das eleições de 11 de Outubro corrente, bem como contagem dos boletins de voto.
“No que concerne a desinformação, a Polícia da República de Moçambique lamenta, desmente e condena veementemente a informação posta a circular nas redes sociais difundida por alguns órgãos de comunicação social dando conta que a Polícia da República de Moçambique teria alvejado mortalmente quatro indivíduos no distrito de Chiúre, na província de Cabo Delgado”, disse Mudumane.
Acrescentou “dos factos a Polícia da República de Moçambique reconhece e lamenta profundamente a morte de um indivíduo de 19 anos de idade no dia 12 de Outubro alvejado acidentalmente quando a PRM viu-se na contingência de actuar para pôr termo a um grave motim protagonizado por membros e simpatizantes de partidos políticos”.
Mudumane salientou que a corporação tem dado o merecido acompanhamento deste caso junto a família da vítima e irá accionar todos os mecanismos legais apropriados para exigir a prova dos factos que são falsa e dolosamente imputados a corporação.
A fonte anunciou a ocorrência de 21 manifestações que culminaram com a detenção e processamento de igual número de indivíduos por incitação à violência.
“Na sequência da divulgação dos resultados preliminares pelos órgãos eleitorais, a Polícia da República de Moçambique tem registado com bastante preocupação ocorrências de vária índole nas principais cidades do país com destaque para 21 manifestações, algumas delas com tendência a alterar a ordem e segurança pública, seis casos criminais, desinformação e discursos de incitamento a violência e desordem pública generalizadas nas redes sociais”, lamentou.
“Em conexão com esses casos foram detidos 21 indivíduos devidamente processados e as respectivas peças do expediente remetidas as entidades competentes para ulteriores trâmites legais”, vincou.
A PRM repudia a criação de contas falsas nas redes sociais usando nomes dos altos dirigentes do Estado propalando desinformação, calúnia e difamação.
“A este respeito está sendo levado a cabo uma intensa e profunda investigação no sentido de identificar, neutralizar e responsabilizar criminalmente os respectivos autores”, referiu.
A corporação apela aos cidadãos, no geral, e, em particular, aos membros e simpatizantes dos partidos políticos, coligações e grupos de cidadãos, a todos os actores principais no processo eleitoral a acompanharem com calma e serenidade as informações que têm sido veiculadas pelos órgãos eleitorais.
Também recomenda para que se abstenham de acções que possam conduzir a desordem e violência públicas finalizadas em manifestações ilegais não só nas 65 autarquias, mas também em todo o país.
(AIM)
FG/sg