Maputo, 21 Out (AIM) – O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Empresa Nacional de Parques de Ciências e Tecnologias (ENPCT) de Moçambique, Julião Cumbane, propõe que o país adopte um sistema de urnas electrónicas como forma de evitar tensão pós-eleitoral.
“Vamos lá sair do barulho de supostos ‘roubos de vitórias’ eleitorais. A urna electrónica é uma solução tecnológica para sairmos do barulho. Não precisamos de inventar a roda, é só adaptar a já inventada às condições do nosso terreno”, diz Cumbane em sua página oficial do Facebook.
“Temos condições (conhecimento, pessoas talentosas e instituições competentes) em Moçambique para conceber e desenvolver um sistema de votação electrónica que respeita as especificações da nossa legislação eleitoral”, acrescentou.
Diz tratar-se de um sistema que comporta todas as características que assegurem eleições justas, livres e transparentes.
“O recurso à tecnologia digital pode tornar os processos eleitorais mais livres, justos, transparentes, seguros e credíveis. Encomendemos uma solução eleitoral digital agora, para evitar barulho nos próximos pleitos”, insistiu.
“O Centro de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Empresa Nacional de Parques de Ciência, no Parque de Ciência e Tecnologia de Maluana, reúne as condições necessárias para concepção e desenvolvimento da urna electrónica em Moçambique, bastando que uma decisão política seja tomada e o investimento necessário alocado para isso acontecer”, concluiu.
Cumbane exprime o posicionamento após a divulgação dos resultados intermédios das eleições autárquicas do passado dia 11 nas 65 autarquias de Moçambique, processo que tem levantado posições divergentes.
A ENPCT é um órgão do governo com sede na localidade de Maluana, distrito da Manhiça, província meridional de Maputo, que visa essencialmente estabelecer complexos integrados que desenvolvem investigação científica, promovem inovação e geração do conhecimento e do capital humano.
(AIM)
CC/FF