Maputo, 23 Out (AIM) – O governo chinês vai desembolsar cerca de 195 milhões de meticais para assistência de emergência e ajuda humanitária em Moçambique.
O facto foi anunciado domingo pelo Primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane, durante uma conferência de imprensa que marcou o fim da sua visita de trabalho da China.
Maleiane disse ainda que Moçambique também vai beneficiar de financiamento para a construção de um Centro Cirúrgico Nacional, que será instalado no Hospital Central de Maputo (HCM)
“Já materializado a construção do Centro Cirúrgico Nacional, isso no HCM, e há disponibilidade de ajudar Moçambique com uma ajuda de emergência no valor de 20 milhões de yuans que são mais ou menos 195 milhões de meticais” disse Maleiane citado pela Rádio Moçambique.
“É mesmo para apoio de emergência, para ser mais preciso, é de gestão do INGD (Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres) tudo que é emergência.”
O valor consta do pacote das medidas do apoio dos países abrangidos pela iniciativa de cooperação internacional Cinturão Rota anunciado pelo presidente chinês Xi Jinping.
Maleiane disse igualmente que Xi Jinping anunciou uma carteira de investimento de cerca de 50 biliões de dólares e para ser elegível cada país deverá submeter projecto para beneficiar do financiamento e Moçambique quer apostar no sector de agricultura.
“Estamos a dizer que as empresas que estão lá na produção de arroz é preciso participarem na cadeia de valor, na produção de arroz. Portanto, neste quadro de transformar o empréstimo de investimento directo estrangeiro significa por exemplo que a empresa que está a produzir arroz em Moçambique pode vir a solicitar um empréstimo a Exim Bank no âmbito deste pacote.
Sobre a visita, disse que foi uma oportunidade para Moçambique aprofundar a cooperação com a China nos diferentes sectores de actividade, particularmente infra-estruturas, comércio e agricultura.
Disse ainda que o governo chinês manifestou a sua disponibilidade para incrementar o número de bolsas de estudos concedidas a Moçambique.
“Isso também foi dito pela Sua Excelência Presidente da República da China. Por isso, essa questão vai ser considerada. É só notar que temos 275 estudantes e uma coisa importante que eu notei é que o grosso desses estudantes está na área das engenharia que é o que Moçambique precisa hoje.
A visita à China do governante moçambicano enquadra-se no âmbito da iniciativa chinesa denominada “Cinturão e Rota”, lançada em 2013, pelo presidente chinês, Xi Jinping, com o objectivo de impulsionar o comércio e a integração económica entre os países que a aderiram, através de investimentos em infra-estruturas estruturantes de desenvolvimento, tais como estradas, pontes, linhas férreas, portos, oleodutos, redes de comunicação, entre outras acções que promovam a conectividade e o desenvolvimento sócio-económico.
(AIM)
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