Maputo, 24 Out (AIM)- Moçambique acaba de autorizar uma quota extraordinária para a importação de frangos do Brasil e da Turquia para minimizar o impacto da interdição da entrada de produtos avícolas da África do Sul, que enfrenta o surto de influenza.
Neste contexto, os importadores poderão adquirir cerca de quatro mil toneladas de frangos nestes dois países da América Latina e Ásia.
Em contacto com o “Notícias”, Américo Conceição, director nacional do Desenvolvimento Pecuário no Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), referiu que o produto poderá chegar ao país em cerca de um mês.
Avançou, igualmente, que os produtores locais foram autorizados a importar ovos de incubação do Brasil e Turquia, com vista a garantir o processo de produção.
O país já regista uma escassez de frangos e ovos, por causa da interdição da importação destes produtos da África do Sul.
O facto concorreu para a subida do preço destes alimentos nos principais mercados da capital do país.
A título de exemplo, a dúzia de ovos custa 150,00 meticais (o dólar norte-americano custa cerca de 64 meticais) e a galinha viva entre 290 e 300.
Nesta região, regista-se escassez de ovos e frangos em mercados como Malanga, Fajardo, grossista do Zimpeto e supermercados Shoprite e Premier Group Mica.
Actualmente, os ovos são importados do Reino do Eswatini, que devido à pressão agravou o custo do produto para o dobro do preço praticado há sensivelmente quatro semanas.
A autoridade veterinária reforça o apelo para a pertinência de minimizar os contágios, principalmente após a notificação de um caso da doença no distrito de Morrumbene, província meridional moçambicana de Inhambane.
Com efeito, os produtores só devem introduzir aves nos aviários depois de inspeccionadas, além de que é preciso observar uma quarentena de duas semanas para confirmar o seu estado sanitário.
Há também necessidade de rigor nas medidas de biossegurança do aviário, sobretudo no que concerne à desinfecção de veículos e higienização dos funcionários.
O surto de influenza, causado pelas estirpes H5N8, H5N1, H5N2 e H7, foi detectado nas províncias sul-africanas de Gauteng, North West, Western Cape, Mpumalanga, Free State, Kwazulu Natal e Eastern Cape.
(AIM)
FF