Maputo, 26 Out (AIM) – A Presidente da Assembleia da República de Moçambique (AR), Esperança Bias, disse quarta-feira (25), na capital angolana, Luanda, que a paz e justiça no mundo têm sido desafio constante que exige acção de todos para a sua preservação.
Segundo Bias, o desafio inclui existência de instituições cada vez mais fortes, preocupadas com a promoção e defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos.
Discursando, em plenário, na 147ª Assembleia Geral da União Interparlamentar (AG-UIP), Bias afirmou que a Constituição da República de Moçambique sufraga os direitos fundamentais, nomeadamente, liberdade, paz e desenvolvimento harmonioso no mundo.
“A Acção Parlamentar em Prol da Paz, Justiça e Instituições Fortes” é o lema da 147ª AG-UIP, e, para Bias, mostra-se pertinente e multidisciplinar.
“A grande importância para os nossos parlamentos e países do mundo inteiro é que a organização está alinhada com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, e Agenda 2063 sobre a África que Queremos”, afirmou.
Na ocasião, Bias fez saber que os moçambicanos têm estado empenhados na busca da paz efectiva após o fim da guerra fratricida que durou 16 anos, que provocou milhares de mortes, migração de pessoas, destruição de infraestruturas vitais públicas e privadas.
“A nossa experiência de pacificação e de intermediação em vários conflitos, bem como o nosso posicionamento pelo diálogo nos conflitos globais, tem estado a contribuir para a nossa acção como Membro Não-Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, referiu.
De acordo com Bias, Moçambique é um país pacífico em que prevalece a paz e harmonia social, não obstante as acções terroristas em alguns distritos da província de Cabo Delgado, norte do país.
Desde Outubro de 2017, os terroristas causaram mais de três mil mortes e mais de 817 mil deslocados.
Desde Julho de 2021, uma ofensiva das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS) com o apoio das Forças de Defesa do Ruanda, e da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, sigla em inglês) permitiu aumentar a segurança e recuperar várias zonas ocupadas pelos terroristas, incluindo a vila de Mocímboa da Praia, que estava totalmente ocupada, desde agosto de 2020.
A acção das FDS e aliados tem permitido o regresso da população às zonas de origem e retorno às suas vidas.
No entanto, Bias destacou a celebração do 31º aniversário do Acordo Geral de Paz, a 04 de Outubro, e a conclusão do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da força residual da Renamo, o maior partido da oposição no país, afirmando que Moçambique caminha rumo a criação do bem-estar social para os cidadãos.
Na visita de trabalho à Angola, Bias faz-se acompanhar pelos membros do Grupo Nacional junto da UIP, nomeadamente, os deputados Eduardo Mulembwe, Lucinda Malema, e Gania Mussagy.
O ponto mais alto do encontro terá lugar na sexta-feira (27) último dia do evento com a eleição do novo presidente da organização, em substituição do actual, Duarte Pacheco.
(AIM)
Ac/mz