
Silvia Cheias do MDM. Foto de Ferhat Momade
Maputo, 26 Out (AIM) – O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo maior partido da oposição no país, rejeita os resultados das VI eleições autárquicas divulgados hoje pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e diz que as eleições foram fraudulentas.
O manifestou a convicção na tarde de hoje (26), em Maputo, pela mandatária desta formação política, Sílvia Cheia, num contacto à imprensa minutos após a divulgação pública dos resultados das VI eleições autárquicas pelo Presidente da CNE, Dom Carlos Matsinhe.
“A reacção que nós temos como MDM é que estas eleições foram fraudulentas. Nós não aceitamos os resultados divulgados pela CNE, porque sentimos que quem vai governar não é aquele que ganhou nas urnas. Não é aquele que o povo votou. Sentimos que a CNE fez o papel de árbitro e de jogador, porque os resultados que foram aqui divulgados dão vantagem a Frelimo e não é aquilo que se reflectiu nas urnas”, afirmou.
A mandatária diz estar indignada por não se estar a cumprir eleições verdadeiras mas sim “a cumprir calendário de eleições”.
“Estamos indignados, porque este país tem que começar a fazer eleições justas e verdadeiramente transparentes e não estarmos apenas a cumprir um calendário de eleições. (Queremos) eleições de facto”, referiu.
Explicou que eleições de facto é onde as pessoas votam de uma forma livre, onde a CNE não é árbitro e jogador. Por isso, não há vantagem para nenhum partido político, pois o eleitor vota livre de ameaças, mas não é isto que aconteceu no dia 11 de Outubro.
Cheia disse que para já o seu partido espera por uma resposta por parte do Conselho Constitucional (CC) que reverta o cenário.
“Nós temos várias reclamações, temos recursos ainda em decurso junto do conselho constitucional e temos esperança que o Conselho Constitucional reponha a justiça”, apontou.
Na ocasião reclamou também da vitória do seu partido na cidade da Beira, com 67 por cento dos votos e não com os 58 por cento foi atribuído pela CNE.
(AIM)
CC/sg