Maputo, 27 Out (AIM) – O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo maior partido da oposição, em Moçambique, responsabiliza a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) por aquilo que chamou de “crise eleitoral” vivida no país.
“A CNE e o STAE conduziram muito mal todo o processo eleitoral”, disse hoje (27), em Maputo, Lutero Simango, presidente do MDM, em conferência de imprensa.
Reagindo ao anúncio dos resultados das VI eleições autárquicas de 11 de Outubro, divulgados esta quinta-feira, Simango disse que “damos toda a culpa a CNE e ao STAE, pois são os verdadeiros responsáveis pela crise eleitoral que se vive em Moçambique”.
Avançou ainda que os dois órgãos permitiram a ocorrência de várias irregularidades, como enchimento de urnas o que, segundo disse, influenciou, negativamente, os resultados.
“A CNE não tem capacidade de gerir o STAE. Não tem voz perante o STAE porque desde o processo do recenseamento tem vindo a actuar de forma isolada”, disse.
Apelou ao Conselho Constitucional (CC) para que reponha a justiça eleitoral.
“A justiça eleitoral deve ser feita como forma de garantir a credibilidade, não só do processo eleitoral mas também do sistema judiciário em Moçambique”, sublinhou.
Simango disse estar totalmente evidente e provado que o presente processo foi manipulado e fraudulento.
“A manipulação e a fraude foram criadas, foram montadas pela CNE e pelo STAE para o benefício do partido no poder”, disse.
Afirmou que “em Moçambique precisamos de eleições livres, justas e transparentes e que a vontade do povo seja respeitada”.
(AIM)
SNN/mz