Maputo, 27 Out (AIM) – A Renamo diz que não reconhece os resultados eleitorais anunciados quinta-feira (26) pelo presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Dom Carlos Matsinhe.
O maior partido de oposição em Moçambique explica que o facto justifica-se pelas inúmeras irregularidades registadas durante o processo eleitoral, entre as quais destacam-se o roubo de um mobile, recenseamento ilegal, roubo de votos na fase de contagem, entre outras.
“Não reconhecemos os resultados ontem (quinta-feira) anunciados pela Comissão Nacional de Eleições”, disse a secretária-geral da Renamo, Clementina Bomba, que falava esta manhã em conferência de imprensa convocada para reagir aos resultados eleitorais.
Na ocasião, a Renamo disse, também, que como forma de repor aquilo que chama de “verdade eleitoral”, já está a recorrer ao Conselho Constitucional (CC), de quem espera “decisões justas em salvaguarda dos superiores interesses da nação”.
Segundo a secretária-geral do partido, este procedimento judicial deverá assim ocorrer porque a Renamo não quer voltar à guerra.
Enquanto aguarda pelo parecer do CC, a Renamo sublinha que as marchas pacíficas do partido vão continuar em todo o país, como forma de reivindicar os resultados com os quais não se identifica.
As marchas referidas deverão continuar porque, segundo a Renamo, houve manipulação dos resultados eleitorais, facto que “significa aniquilamento da democracia e é dever de cada cidadão amante da paz (…) impedir que isso aconteça”.
Sem avançar números, já haver algumas mortes e “muitos feridos” em consequência das marchas de manifestações em protesto aos resultados eleitorais.
A Renamo e oposição no país, perdeu, de acordo com os resultados divulgados pela CNE ontem, todas as autarquias em que liderava, com destaque para as cidades de Nampula e Quelimane.
(AIM)
Sc/sg