Maputo, 30 Out (AIM)- O Fundo Nacional moçambicano de Energia (FUNAE) passa a ter uma abordagem híbrida na construção de infra-estruturas eléctricas para garantir que a corrente produzida seja injectada na rede nacional e, ao mesmo tempo, alimente as comunidades das proximidades dos empreendimentos.
Neste contexto, este ano será ligada à rede pública a central de Luaice, província nortenha do Niassa, até porque já existe um contrato para a execução da obra.
A mini-hídrica de Rotanda, em Manica, no centro do país, está igualmente em obras para o feito.
De igual modo, Majaua, na província central da Zambézia, a operar até então no modelo “off-grid” – fora da rede – será conectada à medida que a rede nacional se aproximar.
A conexão das centrais de Luaice, com capacidade de gerar 500 kVA; Rotanda, 590 kVA; e Majaua, 530, permitirá ao FUNAE injectar na rede pública 1.6 Megawatt e, consequentemente, materializar o desiderato de avançar para o modelo híbrido que agrega valor às centrais.
“A aposta agora está voltada para as centrais híbridas, cuja energia será injectada na rede e, ao mesmo tempo, alimentar as comunidades em redor, permitindo que mais famílias beneficiem destas infra-estruturas”, disse Adalcindo Pedro, do Departamento de Energia no FUNAE, citado hoje pelo “Notícias”.
Segundo Pedro, a quota do FUNAE na geração e injecção de electricidade na rede pública continuará a crescer, porquanto estão em carteira projectos de construção de novas centrais – Berua, Nintulo na Zambézia; Micuinha, e Ntimbe no Niassa – representando 8 Megawatts.
Actualmente, a instituição trabalha no concurso público visando concretizar o projecto a ser implantado em Berua, ao passo para Nintulo já foram feitos estudos de pré-viabilidade.
Em relação a Micuinha e Ntimbi, os estudos encontram-se numa fase avançada, ao que se seguirá a mobilização de financiamentos para as infra-estruturas.
Na óptica do FUNAE, o sucesso dos projectos das novas centrais hídricas vai alterar o actual paradigma de fornecimento de energia à região norte do país, até agora a partir da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, em Tete, centro de Moçambique.
(AIM)
FF