Maputo, 07 Nov (AIM) – A Procuradoria-Geral da República (PGR) defende alinhamento de estratégias entre os órgãos de justiça para o combate ao terrorismo na província de Cabo Delegado, norte de Moçambique.
A PGR quer também que os raptos sejam combatidos e esclarecidos, bem como o branqueamento de capitais e crimes cibernéticos.
O facto foi tornado público esta terça-feira (07), na cidade de Inhambane, província com o mesmo nome, sul do país, pela Procuradora-Geral da República (PGR), Beatriz Buchili, na abertura da “XI Reunião Nacional da PGR e Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC)”’.
Buchili quer que haja aprimoramento dos métodos de investigação de modo a garantir o esclarecimento célere dos crimes em referência.
De acordo com a fonte, com a sofisticação da actuação dos criminosos urge deixar aquilo que chamou de “modalidades tradicionais” no combate aos vários tipos de crime.
Para Buchili, o surgimento dos crimes cibernéticos, branqueamento de capitais, terrorismo e raptos colocam as instituições de administração da justiça o desafio de alinhar estratégias que garantam um combate seguro.
“Trazemos para este debate o tema sobre o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo como resultados dos desafios que o país tem estado a enfrentar. O objectivo é fortalecer as nossas instituições e delinear acções mais profícuas com vista a prevenção e combate a este tipo de criminalidade”, disse a procuradora.
Acrescentou que “fazer referência que o branqueamento é um dos grandes crimes precedentes ao terrorismo um desafio grande que Moçambique enfrenta neste momento e para a eficácia da nossa actuação conjunta é importante a recolha e partilha da informação operativa na instrução preparatória dos processos crimes”.
Por sua vez o Secretário de Estado em Inhambane, Amosse Macamo, entende que deve-se priorizar a reflexão sobre os crimes contra às pessoas com enfoque para acusação de feitiçaria, e crimes sexuais contra menores.
“Urge a necessidade de se adoptar métodos que garantam a qualidade da investigação criminal nestes tipos de crime, na perspectiva de realização de uma justiça efectiva e célere que concorra para harmonia, paz e desenvolvimento”, anotou Macamo.
Acrescentou ainda que “esperamos que estas duas instituições encontrem formas de continuar a aprimorar a articulação no domínio de investigação e instrução penal, bem como da necessidade de criação contínua de uma estrutura articulada, célere e desburocratizada”.
O encontro decorre sob o lema: “Ministério Público e SERNIC, Consolidando os Mecanismos de Investigação e Instrução Criminal”.
(AIM)
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