Maputo, 08 Nov (AIM) – O vice-ministro de Economia e Finanças, Amílcar Tivane, afirma que urge acrescentar maior valor a produção agrícola em Moçambique, como forma de aumentar o seu contributo para a economia nacional.
Tivane, que falava na sessão de abertura da Conferência Académica Anual do Programa Crescimento Inclusivo em Moçambique, ressaltou que a agricultura é um sector fundamental para combater a pobreza, garantir a segurança alimentar, promover a segurança ambiental e a geração de renda, especialmente entre pequenos agricultores.
Aliás, não é caso para menos, pois a própria Constituição da República refere que a agricultura é a base do desenvolvimento nacional. Mais de 70 % da população dependente da agricultura para a sua subsistência.
“Em comparação com outros países da região da África Subsaariana (SSA), Moçambique apresenta um desempenho desfavorável em termos de valor adicionado per capita, valor adicionado por hectare e rendimento. Por isso, é um desafio importante e há necessidade de analisar profundamente o sector”, reconheceu o vice-ministro.
O Embaixador da Suíça em Moçambique, Alain Gaschen, que também participou no evento, diz ser crucial o envolvimento de ambos, governo e sector privado, com acções concretas que para acelerar a transformação estruturante da agricultura no país.
Gaschen diz também haver necessidade de promover o diálogo sobre a agricultura entre o governo, as universidades e actores não governamentais para melhorar a adaptação e práticas de crescimento inclusivo baseadas em evidências.
“Para que ocorra uma transformação estruturante da agricultura é crucial que o Governo e o sector privado assumam a sua liderança com acções concretas e que propicie uma contribuição mais efectiva dos parceiros internacionais”, disse Gaschen, durante a abertura do evento.
A conferência anual, que decorre sob o tema de foco “Desenvolvimento agrário em Moçambique: tendências, desafios e oportunidades”, é realizada no âmbito do programa Crescimento Inclusivo em Moçambique (IGM).
O programa, implementado através de uma parceria entre quatro instituições, entre elas, a Direcção Nacional de Políticas Económicas e Desenvolvimento do Ministério da Economia e Finanças e a pelo Centro de Estudos Económicos e de Gestão da Universidade Eduardo Mondlane, tem o apoio da Finlândia e da Suíça.
(AIM)
SC/sg