Marracuene (Moçambique), 09 Nov (AIM) – Pelo menos 300 pessoas morreram, nos primeiros nove do ano corrente, vítimas da malária, uma redução de 25 por cento comparativamente a igual período de 2022, quando foram registados 400 óbitos.
No mesmo período, e com uma tendência inversa, o país registou cerca de nove milhões de casos de malária, contra cerca de 8,5 milhões em período homólogo anterior, um aumento de 500 mil casos, que corresponde a uma variação positiva de 11,2 por cento.
Destacam-se entre as províncias mais afectadas pela doença Zambézia e Sofala, ambas na região centro do país.
“Até final do mês de Setembro nós já tínhamos registado a nível do país cerca de 9 milhões de casos de malária, contra mais ou menos 8,5 milhões em igual período (anterior), e em relação aos óbitos registamos até ao nono mês deste ano, cerca de 300 óbitos, mas comparando com mesma altura do ano passado, tínhamos mais de 400 óbitos”, disse hoje (08) na província de Maputo, o Chefe do Programa Nacional de Controlo da Malária (PNCM), Baltazar Candrinho, falando à margem do Lançamento do Inquérito de Indicadores de Malária na Região Sul de Moçambique.
Questionado sobre as causas do aumento, a fonte disse que a tendência não é generalizada, razão pela qual algumas províncias têm índices mais altos e outras mais baixos.
O número de casos também não é fixo devido a variação climática e baixas intervenções por parte das autoridades sanitárias, entre outros.
Disse que na zona centro e norte do país, por exemplo, existem índices mais altos de malária na zona sul devido a ocorrência de temperaturas mais altas.
“Em relação aos casos globais, a situação da malária, é que registamos um aumento de quase 500 mil casos e nos óbitos registamos uma redução, mas, varia de província para província”, sublinhou.
A fonte disse que, nos últimos meses, as autoridades sanitárias embarcaram numa campanha de distribuição de redes mosquiteiras razão pela qual já é notável a “redução nos casos de malária”, pelo que “até ao final do ano podemos começar a sentir mais o efeito destas intervenções que colocamos [em prática] ”.
Em paralelo, decorre a administração de quimo prevenção, que consiste na administração dos medicamentos a um grupo específico, nesse caso as crianças, para prevenir a malária.
A mesma é feita por duas vias, nomeadamente a toma de medicamentos na época de alta transmissão e a toma de medicamentos durante a vacinação de crianças.
(AIM)
CC/sg