Maputo, 10 nov (AIM) – a confederação das associações económicas (CTA) propõe a criação de um fundo de estabilização de preços de combustíveis em moçambique como parte de medidas para absorção de choques externos à economia.
Para financiar o fundo de estabilização dos preços dos combustíveis, a cta propõe a introdução de um imposto ou taxa sobre os lucros extraordinários de alguns sectores, bem como uma contribuição do Banco de Moçambique (BM), “através dos seus lucros ou senhoriagem.”
A proposta foi transmitida ao governo na quinta-feira, em Maputo, durante a apresentação dos resultados da monitoria sobre a robustez empresarial em moçambique.
Falando na ocasião, o presidente da cta, Agostinho Vuma, disse que a fragilidade da economia moçambicana requer a implementação de alguns instrumentos flexíveis, as ditas “almofadas”, que ajudem a absorver choques, particularmente externos.
“É um dos maiores choques tem vindo através da subida do preço do barril do petróleo que propicia a subida dos preços dos combustíveis no mercado interno, subida dos preços, inflação e que, no fim, obriga as autoridades como Banco de Moçambique a tomarem medidas”, sustentou.
Tendo em conta que é o ponto de partida para a absorção dos choques externos adversos na economia de Moçambique, Vuma defendeu que é preciso olhar para um mecanismo sustentável que não onere o orçamento e que se baseie numa abordagem de partilha de sacrifícios.
“Sendo assim, propõe-se a implementação de medida de estabilização dos preços, através de um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis que procure neutralizar os impactos dos choques”, disse.
(aim)
dt