Chimoio (Moçambique), 15 Nov (AIM) – O Secretário de Estado na província de Manica, centro de Moçambique, Dick Kassotche, desafia as Forças de Defesa e Segurança (FDS) a manterem-se firmes no combate ao crime e na defesa da pátria.
Disse que Moçambique é dos moçambicanos, e mais ninguém. “É por essa razão que como moçambicanos devemos trabalhar na defesa da pátria contra qualquer situação que possa concorrer para a perturbação da ordem e segurança públicas”, disse.
“Não queremos que o nosso país seja invadido por pessoas maldosas. Aqueles que querem perturbar a paz que é um bem de todos os moçambicanos. É nossa responsabilidade controlar as nossas fronteiras, momento de lutarmos contra o mal”, acrescentou Kassotche.
Segundo o secretário de Estado em Manica, “não podemos deixar que aquilo que está a acontecer em algumas regiões da província nortenha de Cabo Delgado aconteça aqui na nossa província ou em outras partes de Moçambique.
“Vamos ser vigilantes e combater todo o tipo de crime aqui”, alertou.
Kassotche falava esta quarta-feira (15), na cidade de Chimoio, durante a cerimónia de entrega de quatro viaturas ao Serviço Provincial de Migração de Manica.
As viaturas foram adquiridas com fundos do erário público e vem reforçar a capacidade de fiscalização ao longo da linha de fronteira e nas rodovias da província de Manica.
“Controlem a legalidade no nosso país. Não deixem que a Unidade Nacional e a Paz sejam ameaçadas por aqueles que são os inimigos do desenvolvimento”, referiu.
Sublinhou que “por causa da localização geográfica da nossa província e as riquezas que a natureza nos oferece, vemos muita movimentação de cidadãos estrangeiros.”
Portanto, “vamos ficar atentos e fazer cumprir a lei. Se não controlarmos o nosso país, não aparecerá ninguém a fazer isso por nós.”
Na ocasião, Kassotche pediu melhor conservação das viaturas para que sirvam por mais tempo.
Referiu que os meios circulantes foram alocados para servir a população, daí que deverão ser usados de forma responsável.
“Esses meios que hoje entregamos são nossos. Foram adquiridos pelo governo para facilitar o vosso trabalho. Não queremos ouvir que, em poucos meses, pararam de circular por avaria. Sabemos que muitas vezes não conservamos o meio quando é do Estado. Os carros do Estado duram menos de cinco anos, enquanto os nossos particulares podem chegar até quase 15 anos. Por isso, vamos ser mais responsáveis”, anotou o secretário de Estado.
De acordo com Kassotche, “temos consciência de que os meios não são suficientes. Mas o governo continuará a criar melhores condições para assegurar o melhor funcionamento das instituições públicas. O nosso país é extenso. Gradualmente, vamos resolver os problemas que ainda afectam as nossas instituições.”
A província de Manica tem uma linha de fronteira de cerca de 500 quilómetros com a vizinha República do Zimbabwe.
Os principais postos de travessia, entre os dois países, são os de Machipanda, no distrito de Manica, e Espungabera (Mossurize).
Tem também postos de travessia simplificados que exigem do governo maior controle para evitar a imigração ilegal.
(AIM)
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