Presidente da República, Filipe Nyusi, no encerramento do X Curso de Estado-Maior Conjunto e do XII Curso de Promoção a Oficial Superior, no Instituto Superior de Estudos de Defesa –Tenente-General Armando Guebuza
Maputo, 15 Nov (AIM) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, desafia as Forças de Defesa e Segurança (FDS) para manterem o foco e não se distraírem com as mensagens propagandistas de terroristas que actuam em Cabo Delgado.
O Chefe de Estado referia-se às mensagens que circulam nas redes sociais, dando conta dos possíveis locais a serem atacados.
“Temos que manter o foco. Vocês têm experiência, às vezes o inimigo lança um panfleto alegando que dia seguinte vai atacar Mbau, mas depois atacam outra região, não se distraiam com isso”, disse.
“Protejam este país, protejam a todas as pessoas que vivem em Moçambique sem descriminação. Os interesses vitais dos moçambicanos devem ser defendidos. As FDS devem estar sempre preparadas e actualizadas para manter invioláveis as nossas fronteiras”, recomendou Nyusi.
O Presidente da República falava hoje, na Matola, província de Maputo, durante a cerimónia de encerramento do X Curso de Estado-Maior Conjunto e do XII Curso de Promoção a Oficial Superior, no Instituto Superior de Estudos de Defesa –Tenente-General Armando Emílio Guebuza (ISEDEF).
Na ocasião, Nyusi desafiou ISEDEF a formar quadros qualificados para garantir a defesa do país.
Segundo Nyusi, o ISEDEF tem a responsabilidade de produzir o capital humano, os conceitos e conhecimentos capazes de garantir o cumprimento desta nobre missão de defender a independência, a democracia e a ordem constitucional.
Disse ainda que “a defesa militar é o exprimir de uma etapa crítica de qualquer Estado sobre ameaça armada.
“É nas forças armadas que recai a responsabilidade de emprego de fogo e das armas para a defesa da soberania e integridade territorial e a salvaguarda dos interesses e valores nacionais”, afirmou.
Nyusi explicou aos graduados para aplicarem os conhecimentos adquiridos ao longo do curso no teatro das operações.
“Num momento em que as FADM continuam a combater as atrocidades dos terroristas, as ferramentas da arte técnico militar que adquiriram não vos permitem que privilegiem o gabinete como centro da vossa actuação. É no terreno que queremos ver o impacto do que aprenderam nestes anos da vossa formação para defender Moçambique”, instruiu.
O chefe do Estado reiterou a necessidade de as Forças Armadas de Moçambique (FADM) continuarem a desenvolver actividades de extensão e apoio à comunidade.
“Vocês sabem, agora é tempo chuvoso, tempo de mudanças climáticas. Por isso, quero que não percam o foco. Há população que está a sofrer de cólera agora. Se for preciso a vossa intervenção como sempre o fizeram, estejam lá”, disse.
Recordou que algumas áreas começaram a registar inundações e nós temos servido através dos Serviços Cívicos, ou da Marinha de Guerra e outras áreas da Força Aérea para socorrer as populações. Fiquem atentos porque esses precisam do vosso apoio”, instruiu.
Por sua vez, o Comandante do ISEDEF, Freitas Norte, disse que os oficiais graduados estão prontos para aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso.
“A nossa convicção é que os oficiais que hoje entregamos ao Estado-Maior General (EMG) das FADM saberão interpretar e pôr na prática os conhecimentos adquiridos servindo nas unidades operacionais”, vincou
Segundo Freitas, constitui desafio, adequar a instituição com a legislação do ensino superior no país.
“O desafio da nossa instituição é tornar ISEDEF numa área de defesa nacional onde se pretende conformar com a hierarquia das instituições do ensino militar no país, de modo a adequá-la à legislação do ensino superior em Moçambique.”
(AIM)
