
Presidente Filipe Nyusi discursa durante a abertura da Conferencia Internacional "Mocambique no Conselho de Seguranca das Nacoes Unidas". Foto de Ferhat Momade
Maputo, 17 Nov (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, destaca o contributo de Moçambique para o cumprimento e implementação da agenda e programas de trabalho do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSONU), nos primeiros 10 meses do mandato do país como membro não permanente.
Segundo Nyusi, no seu mandato o país priorizou em todas as suas acções no concerto das nações a paz e reconciliação.
“A presidência do Conselho de Segurança proporcionou-nos uma oportunidade ímpar de partilharmos a experiência de Moçambique na construção da paz, privilegiando o diálogo entre as diferentes forças políticas e da sociedade”, disse o estadista durante a Conferência Internacional Moçambique no Conselho de Segurança das Nações Unidas que teve lugar hoje (17) em Maputo.
O chefe de Estado disse ter sido desafiador o país assumir a presidência do Conselho de Segurança, volvidos apenas dois meses depois de assumir o seu mandato, pelo que foi necessário envidar muito esforço por ter sido ser a primeira vez na história que o país participava naquele órgão.
“Ao longo dos primeiros 10 meses do mandato a acção de Moçambique incidiu sobre três eixos fundamentais, a presidência do Conselho de Segurança em Março, a presidência dos órgãos subsidiários do Conselho de Segurança e a coordenação com outros membros”, disse Nyusi.
Apontou para o combate ao terrorismo em coordenação com o Ruanda e a Missão da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM) como outra experiência que continua a surtir bons resultados, particularmente o retorno das populações às suas zonas de origem e a reconstrução das infra-estruturas públicas e privadas.
“O aspecto marcante da nossa presidência foi o facto de termos levado a mais importante plataforma do multilateralismo, a voz de outros participantes independentes entre académicos e representantes da sociedade civil”, disse.
“Participamos nos eventos de alto nível durante a presidência da Confederação Suíça em Maio onde partilhamos, em Nova Iorque, a nossa experiência na protecção de civis em situação de conflito, com enfoque para a segurança alimentar e provisão de serviços essenciais”, referiu.
Destacou o facto de a nível da agenda do Conselho de Segurança, Moçambique ter sido chamado a coordenar o trabalho do órgão a nível dos 15 membros, incluindo os cinco membros permanentes, a nível do grupo A3 [três países africanos], assim como a nível do grupo E10 [membros eleitos não permanentes].
Na ONU durante a presidência moçambicana, foi também organizado um debate de alto nível por ocasião do “25 aniversário da Resolução 1320” do Conselho de Segurança sobre a inclusão das mulheres na mediação e resolução de conflitos.
“Os moçambicanos devem sentir orgulho pelo facto de o país afirmar-se como um Estado que granjeia respeito no concerto das nações e cuja experiência diplomática é promover e influenciar posições e consensos com os cinco membros permanentes sobre projectos e resoluções, declarações, presidenciais comunicados e outras questões no âmbito da promoção da paz e segurança internacionais”, referiu.
(AIM)
CC/sg