Maputo, 17 Nov (AIM) – Deputados membros da Comissão dos Assuntos Sociais, do Género Tecnologias e Comunicação Social enalteceram ao Governo e seus parceiros pelo sucesso na implementação do Programa Nacional de Alimentação Escolar no distrito de Magude, província de Maputo, sul de Moçambique.
O programa tem contribuído para elevar o rendimento escolar, reter as crianças na escola, entre outras vantagens.
O sentimento foi manifestado esta semana no distrito de Magude por um grupo de deputados que foi convidado pelos parceiros do Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) para visitar algumas escolas daquele ponto do país que beneficiam da iniciativa de alimentação escolar patrocinada pelo projecto “Nosso Futuro Brilhante”.
O projecto é nacional mas conta com fundos do Ministério de Agricultura dos Estados Unidos da América (EUA).
Os deputados visitaram as escolas primárias completas de Magude-Sede e de Chalate, onde testemunharam crianças a tomarem uma das refeições oferecidas no âmbito do projecto.
De acordo com a deputada Ana Chapo, que chefiava o grupo em representação da presidente da Comissão, Lúcia Mafuiane, o Programa de Alimentação Escolar mostra-se fundamental, uma vez que segundo relatos das duas escolas visitadas não se verificou nenhuma desistência desde que a iniciativa foi introduzida.
“Queremos encorajar ao Governo e aos parceiros para prosseguirem com este programa em prol da qualidade de educação, bem como da retenção das crianças na escola para que possam, desta forma, projectar um futuro melhor”, afirmou.
Defendeu a necessidade desta iniciativa abranger mais escolas que se achar necessário.
De acordo com o director da Escola Primária Completa de Magude-Sede, Andrade Cuna, o impacto da implementação da alimentação escolar reflecte-se nos resultados pedagógicos alcançados em 2022, onde dos 599 alunos avaliados, o aproveitamento global foi de 84.1 por cento, o que indica uma subida na ordem de 5.2 por cento em relação a 2021.
“Esta é prova inequívoca de quão importante é a continuidade deste projecto, visto que melhora a pontualidade e a qualidade de ensino, reduz a desistência dos alunos e contribui para a redução da desnutrição”, afirmou.
Questionado sobre a sustentabilidade do projecto caso os parceiros retirem os apoios, Cuna disse que a escola que dirige tem um campo de cultivo que contribui para a diversificação da dieta alimentar.
O mesmo se verifica em todas as escolas onde o projecto actua.
O distrito de Magude, um dos maiores criadores de gado bovino no pais, possui 65 escolas, e dois centros internatos estes que se beneficiam do “Projecto Nosso Futuro Brilhante”, recebendo produtos alimentares como arroz fortificado, óleo vegetal, farinha de milho, cebola, ervilha e feijão que reforçam os produtos agrícolas resultantes da produção escolar, como hortícolas, tubérculos, cereais, entre outros.
Para dinamizar a produção escolar foram, segundo o administrador do distrito de Magude, Lazaro Mbambamba, treinados 42 professores, 42 alunos, e 315 membros dos conselhos de escola sobre técnicas agrícolas em 21 estabelecimentos de ensino.
“Efectuamos, ainda, a distribuição de sementes e equipamentos de cultivo em 21 escolas,” disse o administrador.
Indicou que apesar dos sucessos alcançados ainda persistem alguns desafios, sobretudo a demora nas obras de conclusão do armazém distrital para o armazenamento da produção, a morosidade na reabilitação de infra-estruturas (armazéns escolares, bomba de água), bem como a morosidade na construção de bases de nove tanques de água alocados às escolas.
Para além de Magude, o distrito de Matutuíne, província de Maputo, por exemplo, tem as escolas primárias e completas da Pedreira, no posto administrativo de Salamanga, de Mungazine, no posto administrativo de Katembe N’sine, que também beneficiam do mesmo projecto.
(AIM)
Argabimprensa/mz