Maputo, 20 Nov (AIM) – O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) necessita de 14.3 mil milhões de meticais (o dólar equivale a cerca de 64 meticais) dos quais dispõe somente de 4.3 mil milhões de meticais para fazer face à época chuvosa e ciclónica 2023-2024.
“Segundo as nossas projecções temos um défice de 10 mil milhões de meticais,” disse hoje (20), em Maputo, a presidente do INGD, Luísa Meque.
Meque assim se pronunciou intervindo na II Sessão Ordinária do Conselho Coordenador de Gestão e Redução de Riscos e Desastres, evento dirigido pelo Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane.
Meque explicou que do montante disponível 3.4 mil milhões são em espécie e a parte remanescente resulta da contribuição do governo e do Banco Mundial.
Na mesma ocasião, Meque garantiu que o INGD vai continuar a mobilizar recursos junto do governo e parceiros para suprimir o défice.
“Importa destacar a contratação do fundo soberano contra desastres em curso que poderá contribuir para a redução do défice apresentado no presente plano de contingência”, disse.
A presidente do INGD disse que persistem grandes desafios para o financiamento das actividades de recuperação e de construção, tendo em conta que os fundos alocados ao INGD não cobrem as componentes mencionadas.
Meque afirmou que a época chuvosa e ciclónica 2023-2024 será influenciada pelo fenómeno El Niño.
Segundo Meque decorrem, por isso, acções antecipadas desde Setembro.
“Apelamos para que se redobrem esforços para fazer face ao fenómeno El Niño, que deverá afectar cerca de 40 distritos áridos”, afirmou.
Meque fez saber que o INGD assistiu, época passada, 2022-2023, cerca de 712. 644 pessoas das 1.356.671 afectadas pelo ciclone Freddy em termos de bens alimentares e não alimentares.
O INGD elaborou, recentemente, a estratégia para o desenvolvimento integrado das zonas áridas e semi-áridas e o plano anual de contingência, documento que orienta todas actividades de prontidão e de resposta.
(AIM)
SNN/mz