Nampula, norte de Moçambique, está a preparar equipas que serão distribuídas, em breve, em todos os 23 distritos para a monitoria dos mercados durante a quadra festiva que se avizinha.
O delegado interino do INAE, em Nampula, Silvano Alexandre, disse, em entrevista a AIM, que actualmente não se coloca a questão da previsão de escassez de produtos no mercado, mas sim a verificação da sua legalidade e as condições em que os mesmos são comercializados.
Alexandre informou que as 23 brigadas de fiscalização incluem diferentes serviços que ao longo desse período festivo serão reforçadas por equipas distritais, numa altura em que se regista alguma estabilidade nos preços, particularmente de hortícolas e legumes.
A AIM efectuou, ao longo do último fim-de-semana uma ronda por alguns supermercados, incluindo o mercado grossista do Waresta, onde constatou que, por estas alturas, a oferta de produtos alimentares é abundante.
“Neste momento não há agravamento de preços dos produtos básicos e, em paralelo, estamos a desencadear um trabalho no sentido de que tal não aconteça sem justa causa. Por isso, queremos alertar que o INAE não irá tolerar esse tipo de aproveitamento tendo como base a quadra festiva”, afirmou.
A par disso, o responsável do INAE pediu aos consumidores para prestarem atenção, não só aos preços, como também aos prazos de validade, bem como o estado de conservação dos produtos que queiram adquirir.
“Apelar ao consumidor para que sempre que for aos estabelecimentos comerciais fazer as suas compras deve, além dos preços, prestar atenção aos rótulos para verificar se o produto está dentro do prazo de consumo e em bom estado de conservação”, referiu.
Silvano Alexandre informou que da fiscalização que o INAE tem levado a cabo, o grande risco que se corre é mesmo da especulação de preços.
“Neste período, o grande risco é mesmo a questão de especulação de preços. Quanto a escassez, pelos dados que temos recolhido, acreditamos que não teremos esse tipo de problema a nível da nossa província”, assegurou.
Por outro lado e para garantir um serviço de maior qualidade, o delegado do INAE revelou que estão disponíveis, além da habitual linha verde para denuncias, contactos nas plataformas digitais.
“Teremos piquetes para qualquer reclamação e as brigadas irão trabalhar em permanência. Temos linhas verdes e contactos dos responsáveis, além do nosso sítio na internet”, concluiu.
Na mesma ronda efectuada pela AIM, em alguns supermercados, mercados formais e informais, os preços dos principais produtos continuam tal como estavam no mês de Agosto.
O tomate continua a ser vendido a um máximo de 50 meticais (cerca de 78 cêntimos do dólar) o quilo, a cebola entre 50 e 80 meticais, mesmo preço para o pimento, uma cabeça de repolho entre 50 e 70, o coco entre 25 e 40, e o quilo de feijão comum varia entre 70 e 90 meticais.
O frango vivo de aviário mantém o preço inalterável de 250 meticais, enquanto a galinha nativa ronda entre os 300 e 350 meticais.
A tendência estática também abrange o preço do peixe fresco que é vendido, nos principais mercados, a valores que variam entre 200 e 280 meticais o quilo.
Nos supermercados e mercearias, o açúcar, óleo, sal, farinha e arroz, estão a ser vendidos aos preços tabelados pelas autoridades.
(AIM)
RI/mz