Por Leonel Ngwetsa, da AIM, em Metangula
Lago (Moçambique), 20 Nov (AIM) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, desafiou o sector privado a continuar a investir no sector da cultura e turismo com vista a explorar o rico mosaico cultural que o país possui, o que irá impulsionar o desenvolvimento das comunidades e da economia, no geral.
Nyusi lançou este desafio, segunda-feira (20), em Metangula, distrito de Lago, província do Niassa, no norte do país, na inauguração do Hotel Jamine Bay e Spa, uma nova instância turística construída de raiz nas margens do lago Niassa, o terceiro maior lago do continente africano.
Segundo Nyusi, com a construção daquela infra-estrutura, Moçambique passa afirmar-se como actor de referência na indústria turística da região oferecendo serviços fiáveis e de confiança em toda cadeia da indústria no território nacional.
“Hoje não celebramos apenas o hotel, mas celebramos os frutos de uma luta em que os filhos do Niassa foram grandes protagonistas, juntamente com outros compatriotas. A entrada em funcionamento do hotel, alarga a vantagem comparativa na massificação do turismo na província do Niassa, cujo potencial é bastante impressionante, mas ainda muito pouco explorado”, disse Nyusi.
“Queremos, deste modo, estimular o sector privado e as iniciativas empreendedoras, incluindo a nível das comunidades a explorarem o rico mosaico cultural como fonte de criação de rendas e de desenvolvimento do país”, anotou.
A instância, segundo Nyusi, vai servir como um pólo de atracção de turistas de alta qualidade devido a sua localização e as diversas potencialidades turísticas e culturais existentes na província.
O Chefe de Estado explicou que o investimento se enquadra na iniciativa de operacionalização das áreas prioritárias para o investimento do turismo no país.
“O Hotel Jamine Bay e Spa fecha a narrativa de que a margem do lago Niassa não possui infra-estruturas turísticas de qualidade, comparativamente aos países vizinhos, tais como o Malawi e Tanzânia”, sublinhou.
Para dinamização do turismo na região e no país, em geral, o chefe do Estado instou o executivo a aumentar o volume de turistas nacionais e internacionais, estimulando a diversificação de produtos e serviços.
Apontou a necessidade da valorização do património nacional gastronómico e histórico-cultural, numa pujante parceria com as actividades de hotelaria, restauração e transporte, de modo a reduzir a sazonalidade turística através da diversificação dos produtos.
Recomendou a necessidade de se apostar no treinamento do capital humano para garantir o fornecimento de serviços de qualidade.
Destacou a necessidade de o país afirmar-se num mercado que é competitivo ciente de que em todo perímetro da costa do lago Niassa existem infra-estruturas com créditos já firmados.
Apontou, ainda, a necessidade de investir na inovação de serviços e actividades lúdicas; incentivo a parceria para introdução de mais serviços com capacidade de dinamizar o turismo; e a promoção do uso do aeródromo de Metangula.
O executivo escolheu como cinco principais destinos turísticos a cidade de Maputo e de Vilankulos, na província de Inhambane, sul do país; o Parque Nacional de Gorongosa, na província de Sofala, no centro; e a província de Niassa.
O Hotel Jasmin Bay e Spa é o primeiro desta categoria na província de Niassa e a sua construção custou 120 milhões de meticais (cerca de dois milhões de dólares americanos) provenientes de investimento privado nacional.
(AIM)
Leonel Ngwetsa (LW)/ dt