Dombe (Moçambique) 22 Nov (AIM) – A população do posto administrativo de Dombe, distrito de Sussundenga, província central de Manica passa, desde esta quarta-feira (22), a consumir água potável mercê da inauguração de um sistema de abastecimento deste líquido precioso pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.
Trata-se de um sistema que, numa fase inicial, vai abastecer a mais de seis mil residentes de quatro bairros da sede do posto administrativo de Dombe. O horizonte é de oito mil pessoas de um universo superior 60 mil habitantes.
As obras iniciaram em 2015. Entrou em funcionamento e foi destruído pelo ciclone Idai, em 2019.
Em 2022 começou a fase de reabilitação e expansão do sistema que consistiu na abertura de novas fontes, reabilitação de infra-estruturas. As obras terminaram em Novembro corrente.
Orçada em 35 milhões de meticais (um dólar equivale a cerca de 64 meticais), desembolsados pelo governo moçambicano e com o apoio do Reino Unido a infra-estrutura foi erguida no âmbito do Programa Nacional de Água e Saneamento Rural (PRONASAR).
Dombe é uma região semiárida e com sérios problemas de falta de água. Por isso, parte considerável, da população recorre a fontes não seguras, como furos artesanais e o rio Lucite. Algumas famílias percorriam grandes distâncias para encontrar uma fonte de abastecimento de água.
Nyusi disse que em 2020 apenas seis em cada dez pessoas tinham água potável em Dombe. Graças ao novo sistema, a cifra subiu para sete a oito pessoas no presente ano.
“Aqui em Dombe por exemplo, o número de habitantes era reduzido. Onde haviam 100, hoje já temos 300 pessoas. Para dizer que estão a nascer muito”, disse Nyusi.
O chefe de Estado assegurou que o governo vai prosseguir com acções para melhorar a vida da população de Dombe e do país, em geral.
“O nosso objectivo é servir a população. Por isso, estamos a mobilizar recursos para prover mais infra-estrutura de água para os moçambicanos. Existem muitos sistemas em construção”, sublinhou o estadista moçambicano.
“Eu não vou dormir sem levar o desenvolvimento para o campo. Não há nenhum posto administrativo ou distrito que não pisamos para entregar água. Quando pediram infra-estrutura nós registamos. Agora estamos aqui a entregar água. Isso mostra que estamos comprometido com o desenvolvimento.
Na ocasião, Filipe Nyusi apelou a população para se prevenir da cólera, um problema que afecta alguns distritos das províncias de Tete, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado.
Porque a província de Manica faz fronteira com o Zimbabwe, Nyusi quer que a doença não se alastre para outras regiões de Moçambique.
“A doença é perigosa e mata. Vamos evitar a cólera lavando bem os alimentos, principalmente os consumíveis crus. Não podemos deixar que a doença assole as nossas comunidades. O esforço deve ser de todos nós. Temos água aqui e estão criadas as condições para evitarmos essa doença, observando a higiene individual e colectiva”, .
(AIM)
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