Maputo, 25 Nov (AIM) – A Frelimo manifesta a sua satisfação com os resultados proclamados sexta-feira (24), pelo Conselho Constitucional (CC), que confirmam a vitória do partido no poder em Moçambique em 56 das 65 autarquias existentes no país.
Já a Renamo, o maior partido da oposição, venceu em quatro municípios, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a segunda maior formação politica da oposição apenas conseguiu tomar o controlo de um município, segundo o acórdão de validação dos resultados eleitorais autárquicos de 2023, lido em cerimónia solene pela presidente do CC, Lúcia Ribeiro.
Os municípios de Milange e Gurúè, também deverão contar parcialmente os votos para se aferir o verdadeiro vencedor, enquanto no município de Marromeu, em Sofala, o CC não valida, por nulidade toda a eleição realizada.
“Estes resultados (das VI Eleições Autárquicas) são uma demonstração clara de uma ascensão da base de popularidade do nosso partido, pois se formos a considerar que no ano de 2018, por exemplo, das 53 autarquias que o país tinha a Frelimo perdeu nove, ganhando as restantes, significa que a nossa vitória fixava-se na ordem de 83 por cento”, disse o secretário-geral da Frelimo, Roque Silva, em conferência de imprensa havida hoje, em Maputo.
Referiu que os resultados mostram claramente que a Frelimo venceu em cerca de 92 por cento das autarquias, o que significa um crescimento bastante confortável.
Além disso, a Frelimo conseguiu recuperar importantes autarquias tais como a cidade de Nampula, Ilha de Moçambique, Angoche, Cuamba entre outras.
Outro indicador bastante importante, segundo Roque Silva, é o facto de mesmo nas autarquias onde a Frelimo não conseguiu vencer regista um crescimento substancial no número de membros da Assembleia Municipal.
Citou como exemplo a cidade da Beira, onde a Frelimo regista uma subida de 14 para 21 membros da Assembleia Municipal.
Em Quelimane, os dados confirmados e proclamados pelo CC atribuem uma a vitória a Renamo, mas a Frelimo conseguiu recuperar bastante uma base eleitoral pois a diferença na Assembleia Municipal será apenas de um mandato.
Roque Silva afirma que a mesma tendência observa-se nas províncias de Tete, Manica, onde a Frelimo conseguiu superar em grande medida aquilo que foram os resultados anteriores.
“Isto é uma demonstração clara de que a Frelimo está crescendo substancialmente sob o ponto de vista de aceitação popular”, disse a fonte.
Frisou que Frelimo aceita tranquilamente a decisão tomada pelo CC de mandar repetir parcialmente as eleições nos municípios de Nacala-Porto, Milange e Gurúè, totalmente em Marromeu, porque Moçambique é um Estado de direito onde a lei está acima das vontades individuais.
“O mais importante é que vamos nos preparar para que nesses municípios onde vamos repetir possamos ganhar o que vai fazer com que nossa percentagem sob o ponto de vista de vitória cresça cada vez mais”, disse.
Aproveitou a oportunidade para afirmar que o escrutínio de 11 de Outubro é uma demonstração clara de que Moçambique está totalmente comprometido com a democracia e a realização cíclica de eleições é algo que veio para ficar.
(AIM)
sg