Maputo, 27 Nov (AIM) – A Directora do Gabinete de Informação (GABINFO), Emilia Moiane, desafia a Agência de Informação de Moçambique (AIM) a adoptar políticas eficientes de cobertura jornalística, tendo em conta a exiguidade orçamental que tem abalado a instituição nos últimos tempos.
De acordo com Moiane, que falava na manhã desta Segunda-feira na Cidade da Matola, Província meridional de Maputo – no seminário alusivo aos 48 anos que marcam a criação da AIM – para uma excelente abordagem, é importante que a AIM tome um novo posicionamento para responder aos actuais desafios da comunicação social em Moçambique e no mundo.
“É bastante importante que a AIM se reposicione para que, à semelhança doutras agências internacionais, tenha mais visibilidade e interacção com o seu público-alvo”, disse a directora.
Moiane, falando no mesmo seminário que decorre sob o lema: “Reflexão Sobre o Passado, Presente e Perspectivas”, argumenta que as reformas que se têm feito sentir na função pública, associadas à redução de contratação de quadros, no contexto da redução da despesa pública, prejudicam, de certa modo, a funcionalidade da AIM.
“As mudanças na função pública afectam negativamente o quadro de profissionais da AIM, por isso há necessidade de se adoptar novos mecanismos para de actuação, tendo em conta a exiguidade orçamental”, disse Moiane, acrescentando que, ao longo dos seus 48 anos, a AIM alimentou a comunicação social moçambicana e internacional.
“Trata-se de uma instituição que sempre esteve por detrás da realidade política do país em todas suas vertentes”, sublinhou.
No meio destes desafios, disse a directora, “esperamos que a AIM sirva de bússola para o jornalismo nacional, tendo em conta os sectores da política, economia e sociedade.”
De acordo com Moiane, deve-se repensar as delegações da AIM no estrangeiro, principalmente nas cidades europeias de Lisboa e Londres, onde a instituição sempre esteve presente, através de seus delegados.
Moiane desafiou ainda a instituição a amadurecer os mecanismos de comunicação audiovisual, dado que estes constituem factor crucial para a comunicação social actualmente.
“O seminário decorre num contexto de desafios e oportunidades”, afirmou.
Por sua vez, o Director Geral da AIM, Jordão Muvale, argumentou que a AIM continuará a trabalhar para “deixar um legado em nome do país.”
Para tal, entretanto, a AIM deve robustecer a sua capacidade de relatar as realizações do país, através de notícias e histórias importantes.
“O relato de histórias sobre a realidade de Moçambique é contribuir para a democratização do país”, sublinhou o director.
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