Lusaka, 28 Nov (AIM) – O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças de África (África CDC), em parceria com a PAVM (Parceria para o Fabrico Africano de Vacinas), está a trabalhar para incrementar a produção de vacinas dos actuais 30 por cento para 60 por cento até 2040.
A meta conta com apoio da Iniciativa Colaborativa de África para Diagnósticos Avançados (AFCAD).
Trata-se de uma autonomia para reduzir as desigualdades e exclusão que historicamente o continente tem enfrentado, inclusive com o recente lançamento das vacinas contra a COVID-19.
Para a materialização do desiderato, a África CDC, através da parceria com Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI), comprometeu-se a desembolsar um bilhão de dólares norte-americanos para apoiar as nações africanas no aumento da produção de vacinas que, actualmente, apenas ocorre em cinco países, nomeadamente, Egipto, Marrocos, Senegal, África do Sul e Tunísia.
A garantia foi dada hoje (28), em Lusaka, pelo director-geral da África CDC, Jean Kaseya, falando num painel sobre sistemas de saúde resilientes no continente, durante a Conferência Internacional sobre a Saúde Pública em África (CPHIA2023), evento de quatro dias, que junta mais de cinco mil delegados de vários cantos do mundo, para discutir uma abordagem comum sobre saúde no continente.
“Devemos continuar a investir nessa inovação e produção. Ao produzir as nossas próprias vacinas, podemos garantir o acesso equitativo a estes produtos essenciais e proteger as nossas comunidades de futuras pandemias”, disse Jean Kaseya.
De acordo com a fonte, as iniciativas mostram que o continente está a quebrar barreiras com vista a reposicionar a África na arquitectura global da saúde. “Apesar dos muitos desafios, há um trabalho incrível em curso neste continente e sinto-me inspirado pelos progressos alcançados até à data. Estamos a quebrar barreiras”, vincou.
Para o sucesso da operação, o timoneiro da África CDC pede maior colaboração dos países, sobretudo um comprometimento político das lideranças africanas em prol do bem-estar das populações que é o fabrico local de vacinas, diagnósticos, terapêuticas e outros produtos de saúde, que finamente chegou o comando para avançar soluções locais.
A fonte apontou tecnologia digital como ferramenta ideal para o rápido alcance dos objectivos. “As inovações permitir-nos-ão recolher dados, monitorizar tendências e tomar decisões em tempo real – permitindo-nos melhorar significativamente a nossa resposta de saúde pública”, disse a fonte.
Elencou a força de trabalho qualificado, bem equipada e comprometida para realizar o trabalho, defendendo o compromisso dos Estados em desenvolver habilidades, reter talentos e preencher lacunas onde existirem, para além do envolvimento das comunidades que são a espinha dorsal de todo o processo.
(AIM)
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