Maputo, 29 Nov (AIM) – O número de pessoas vivendo com o Vírus da Imunodeficiência humana (HIV) subiu para 2,4 milhões com o diagnóstico de 97 mil novas infecções no ano passado em Moçambique.
“No ano passado registamos 97 mil novas infecções e 48 mil mortes pelo HIV” disse o secretário executivo do Conselho Nacional do Combate ao Sida (CNCS), Francisco Mbofana, hoje (29), em Maputo, no âmbito da preparação das celebrações do Dia Mundial contra o SIDA que se assinala a 1 de Dezembro no mundo inteiro.
Para reverter a situação o CNSC “no dia do 1 de Dezembro para além de sensibilizar as pessoas em tratamento a não abandoná-lo, e a sensibilizar as pessoas a prevenirem-se, servirá também para lançar “o Dezembro vermelho” para reforçar a reflexão e sensibilização sobre a doença.
“Registamos, no ano passado, com muita tristeza, uma taxa 10 por cento de transmissão vertical [de mãe para o filho] ”, disse.
Referiu que a meta é controlar as infecções até 2030 e, para o efeito, conta com o envolvimento de todos os segmentos da sociedade.
“No presente ano, inserimos nas celebrações do dia 1 de Dezembro um novo programa denominado “vozes” que visa dar voz a todos envolvidos na resposta ao HIV, desde os que implementam até aos beneficiam da resposta, isto é, desde governantes, sector privado, líderes religiosos, líderes comunitários, todos os segmentos da sociedade”, explicou.
Para o presente ano as celebrações decorrem sob o lema” Comunidade e Sociedade Civil na Vanguarda da Resposta ao HIV”.
A escolha do lema, segundo Mbofana, tem a ver com o reconhecimento de que a resposta ao HIV é resultado da contribuição das comunidades e da sociedade civil.
“Por isso, ao escolhermos este tema queremos reforçar o envolvimento da comunidade e da sociedade civil na nossa resposta ao HIV”, disse.
As cerimónias centrais terão lugar na cidade de Maputo e serão dirigidas pelo Ministro da Saúde, Armindo Tiago, que é, igualmente vice-presidente do CNCS.
Dados do inquérito de impacto da HIV em Moçambique realizado em 2021 revelam que a taxa de prevalência é de 12,5 em pessoas com 15 anos em diante o que representa uma redução de 0,7 comparado com os dados fornecidos pelo inquérito similar realizado em 2015 que era de 13,2 por cento.
A fonte fez saber que as províncias com maior taxa de prevalência são Gaza com 20 por cento, Zambézia, Maputo cidade e província com mais de 15 por cento.
(AIM)
SNN /sg