Maputo, 01 Dez (AIM) – A Fundação Manhiça, entidade gestora do Centro de Investigação de Saúde da Manhiça (CISM), está a trabalhar no sentido de melhorar a capacidade de produção nacional de vacinas, anunciou hoje, em Maputo, o seu presidente Martinho Dgedge.
Em paralelo, a Fundação Manhiça, junto dos parceiros de pesquisa a nível nacional, reitera o seu interesse de participar nos programas de desenvolvimento de novas vacinas.
“Adicionalmente, a Fundação Manhiça (…) quer melhorar a capacidade a nível nacional para a produção de vacinas”, disse Dgedge que falava na abertura do Seminário sobre O Programa de Saúde Global da BioNTech, empresa alemã de desenvolvimento de vacinas.
Özlem Türeci, co-fundadora e directora médica da BioNTech, disse que a sua intervenção no evento era uma oportunidade excepcional para a partilha de conhecimentos e experiências.
Com isso, o presidente da Fundação Manhiça espera que, doravante, esteja aberto um campo para forjar parcerias que contribuíam para a pesquisa biomédica em Moçambique.
Özlem Türeci, que lidera o desenvolvimento clínico do “Projecto Lightspeed” da BioNTech, está em moçambique a convite do Ministério da Saúde (MISAU) para, entre outras, avaliar a possibilidade de Moçambique, no futuro, passar a produzir vacinas para lidar com novos surtos de doenças.
Já o director do Hospital Central de Maputo, que também participou no evento, manifestou a sua preocupação com as doenças cancerígenas que registam uma tendência crescente, particularmente os cancros do colo e do útero.
Segundo Mouzinho Saíde, o HCM, a maior unidade hospitalar ao nível do país, chega a atender cerca de 900 doentes por ano, nos serviços de quimioterapia e radioterapia.
“Portanto, este é um serviço que está a conhecer uma procura muito grande e o nosso conselho é sempre de que, para aquelas doenças que possa requerer o rastreio, façamos o rastreio”, disse, acrescentando que, se se fizer o rastreio precoce, pode-se fazer uma melhor prevenção.
(AIM)
SC/sg