Maputo, 01 Dez (AIM) – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima que Moçambique registou 244 novas infecções pelo HIV, por dia, no ano passado, a maioria das quais de adolescentes e mulheres jovens.
No mesmo ano, segundo o UNICEF, um total de 40,000 mortes relacionadas com a SIDA ocorreram no país, que tem o terceiro maior fardo de novas infecções pelo HIV e pessoas que vivem com o HIV no mundo.
“As estimativas do Governo referentes a 2021, mostram que o país tem um total de 2,4 milhões de pessoas vivendo com o HIV, das quais 150.000 são crianças de 0-14 anos (estimativas de 2022) e cerca de 79% das crianças estão a receber tratamento anti-retroviral”, refere a organização em comunicado por ocasião do Dia Mundial de Contra a Sida, que hoje se celebra.
Sublinha que, embora a taxa de transmissão vertical (de mãe para filho) tenha diminuído nos últimos anos, permanece elevada, salientando a importância de assegurar que as mulheres grávidas e lactantes que vivem com o HIV tenham acesso aos serviços da PTV (prevenção de transmissão vertical).
“É essencial que as mães adiram ao tratamento ARV como parte da PTV”, apela o UNICEF.
“Para o UNICEF, as adolescentes e mulheres jovens, dos 15-24 anos de idade, têm um risco duas vezes maior de adquirir nova infecção quando comparadas com homens jovens com a mesma idade. “A cada 20 minutos uma adolescente e uma mulher jovem de 15-24 anos de idade é infectada pelo em Moçambique”.
Estudo feito pelo UNICEF em coordenação com ONUSIDA e Ministério da Saúde, mostra que as mães adolescentes vivendo com HIV são 1,6 vez mais susceptíveis de transmitir HIV para as suas crianças quando comparadas com as mulheres adultas vivendo com HIV.
O UNICEF tem apoiado o país através na implementação de intervenções para reduzir a transmissão de HIV da mãe para o filho, e a lacuna de tratamento com ARV nas crianças e adolescentes, fortalecendo o sistema de saúde, através estratégias inovadoras como testagem para o Diagnóstico Precoce infantil precoce e testagem de Carga Viral em máquinas POC (Point-of-Care/Ponto de tratamento) para crianças, raparigas adolescentes e mulheres jovens e mulheres grávidas e a amamentar que vivem com o HIV.
Presta também assistência técnica para desenvolvimento de políticas com base em evidências, apoio psicossocial de pares para melhoria de adesão e retenção das pessoas que vivem com HIV e rastreio de doenças mentais nos adolescentes incluindo em contexto humanitário.
(AIM)
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