
Harare (Zimbabwe), 04 Dez (AIM) – O governo moçambicano vai partilhar com outros países do continente africano os sucessos e experiências adquiridas no combate ao HIV/SIDA e outras doenças infecciosas, com vista a reduzir os elevados índices da doença na região.
A iniciativa, segundo o ministro moçambicano da Saúde, Armindo Tiago, vai permitir a partilha dos melhores métodos de gestão na investigação científica, produção de medicamentos, incluído a difusão de mensagens de educação cívica por forma reduzir a prevalência da doença que já provocou milhares de óbitos em África.
“Vai ser um momento de partilha de experiências, progressos e desafios de Moçambique no combate à estas doenças e o mais importante é que vamos ter experiência dos outros países que vão apresentar a sua experiência na luta contra o HIV/SIDA”, disse Tiago esta segunda-feira (04), em Harare, capital zimbabweana, durante a abertura da 22ª Conferência Internacional sobre SIDA em África (ICASA), no qual Moçambique faz-se representar por uma delegação chefiada pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.
Segundo o governante, a presença do estadista moçambicano vai ajudar o alcance dos resultados esperados no país e em África na luta contra o HIV/SIDA, malária, pólio e entre outras doenças.
“O chefe do Estado abraçou a causa das doenças infecciosas incluído o HIV/SIDA, a nossa expectativa é que ele seja capaz de partilhar a experiência de Moçambique no contexto global os sucessos e desafios”, anotou.
A conferência é parte integrante das celebrações do Dia Mundial de Luta Contra o HIV/SIDA e é continuidade desta campanha no âmbito do Dezembro Vermelho assinalado todos anos em Moçambique.
A ICASA é uma das maiores conferências sobre o HIV/SIDA em África e é realizada de dois em dois anos reunindo vários parceiros e activistas decididos a acabar com o SIDA e a mostrar as diferentes faces da epidemia na região africana.
O objectivo do encontro, com duração de seis dias, é de acelerar a implementação de estratégias e intervenções destinadas a abordar, prevenir e eliminar a transmissão vertical e infecções infantis evitáveis em todo continente africano.
O evento realiza-se numa altura em que o continente africano continua a ser o mais afectado pela doença.
A província de Gaza, no sul do país, continua a ser a região com maior prevalência do HIV/SIDA.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de dois milhões de paciente entre 15 e 29 anos de idade, que contraíram o vírus do HIV/SIDA, estão a receber tratamento anti-retroviral em todo país.
(AIM)
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