Nampula (Moçambique), 05 Dez (AIM) – A campanha de educação cívica junto aos eleitores arrancou esta terça-feira (05), na cidade portuária de Nacala, província de Nampula, norte de Moçambique, onde a 10 de Outubro corrente a votação será repetida em duas assembleias de voto.
Para o efeito, 40 agentes de educação cívica já estão no terreno a fim de convencerem 12.926 eleitores a votar nas 18 mesas instaladas em duas assembleias de voto, nomeadamente, Escola Primária de Murrupelane e na Escola Primária Completa “Cristo é Vida”.
A informação foi prestada ainda hoje, em conferência de imprensa conjunta, pelos órgãos de gestão eleitoral na província de Nampula, que garantem que estão criadas todas as condições técnicas, logísticas e inclusive de segurança.
O presidente da Comissão Provincial de Eleições, Daniel Ramos, informou que já manteve um encontro com os partidos políticos concorrentes na autarquia de Nacala para troca de informações sobre o processo. A Renamo, o maior partido da oposição, foi o único ausente.
“Tivemos um encontro com os partidos políticos concorrentes e interessados no processo democrático e desenvolvimento do nosso país, onde pedimos participação massiva dos eleitores. O apelo é de que haja civismo, tolerância e dedicação, queremos um processo ordeiro e que todos possam exercer o seu direito de voto sem serem coagidos”, afirmou.
A fonte destacou que “nestes termos queremos que o processo decorra de forma ordeira. Neste momento estamos focados na educação cívica em todo o distrito.”
Questionado sobre informações postas a circular desencorajando os eleitores a exercerem o seu direito, a fonte afirmou que o propósito da campanha de educação cívica em curso visa precisamente reforçar o apelo para que todos os eleitores abrangidos exerçam o seu dever cívico.
“Queremos convidar a todos os eleitores que estão abrangidos e que se recensearam naquelas duas assembleias a afluírem no dia 10 que foi marcado para a votação. Encorajamos aquelas pessoas que se sentem ameaçadas, por algumas informações de boicote, que as condições estão criadas para a votação ser ordeira, tal como o fizemos na vez anterior”, assegurou.
Por seu turno, o director do STAE, Luís Cavalo, revelou que as mesas de voto serão compostas por outros membros e não os que estiveram na primeira votação para acautelar que os eventuais problemas ocorridos não se repitam.
“Os antigos membros não vão fazer parte neste processo de votação pois serão recrutados outros membros que mostraram bom desempenho e, também, por uma questão de transparência. Neste processo todo estarão envolvidos 138 candidatos para serem apurados e contratados 126 membros de mesa”, adiantou.
Cavalo referiu que o STAE já está na posse dos materiais necessários, faltando apenas o ‘kit’ principal que se prevê chegue nas próximas horas.
“Aguardamos apenas o kit principal como boletins de voto, actas e editais. Em termos gerais estamos num bom passo, cerca de 70 por cento”, assegurou.
Sobre a segurança, Luís Cavalo informou que a Polícia deu garantias que a mesma será reforçada.
Na autarquia de Nacala, a segunda maior cidade da província de Nampula, estão em disputa 41 mandatos e foram inscritos 152.752 eleitores.
Na mesma autarquia concorrem nove elementos em nome do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo maior partido da oposição, Carlos Bernardo; Renamo, (Raúl Novinte); FRELIMO, o partido governamental, (Faruk Nuro); e outras formações políticas sem representação na Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, nomeadamente a Coligação Aliança Democrática, com Saraiva Munhalaca; Nova Democracia, (Ramiro Pedro); Associação OLOMBA, (Egas Quilowe); PAHUMO (Cecília Mazula), AMUSI, (Amélia Moreira); e Partido Renovação Democrática (Adélia Casimiro).
(AIM)
RI/mz