Maputo, 07 Dez (AIM) – A Inspecção Nacional de Actividades Económicas (INAE) iniciou as acções de sensibilização e fiscalização nos estabelecimentos comerciais e mercados para evitar especulação de preços e açambarcamento de produtos durante a quadra festiva.
A informação foi avançada hoje, em Maputo, pela directora nacional das Operações da INAE, Leonor Mabutana, em conferência de imprensa para apresentar o ponto de situação das actividades em curso no âmbito da quadra festiva 2023-2024.
O evento abordou também a monitorização do stock de produtos básicos e a aplicação da margem máxima de lucro no comércio, com atenção especial para o ovo, entre outras actividades.
Para tal, a INAE, em coordenação com equipes multidisciplinares, montaram brigadas fixas em grandes estabelecimentos comerciais e mercados, pois a especulação de preços é um grande desafio neste período da quadra festiva, para garantir que o preço seja justo para o consumidor final.
“Este é um trabalho que está sendo realizado em todo o país, em que as brigadas controlam o preço aplicado e fazem a comparação com o custo do produto, desde a aquisição até ao local da venda. Isto resulta que não há questões de especulação do preço, as margens máximas do lucro estão sendo observadas e ainda não encontramos situações de agentes económicos que estejam a praticar preços especulativos”, disse Leonor Mabutana.
Segundo a fonte, as informações recebidas das delegações provinciais “confirmam a conformidade, até ao momento, proporcionando uma visão geral das condições desde a estabilidade do preço, até às particularidades regionais”.
A directora nacional das Operações da INAE explicou que em termos de stock de produtos de primeira necessidade, o destaque vai para o tomate nacional, com 182 toneladas, o importado, com 16 toneladas. A disponibilidade da batata nacional é de oito toneladas, a importada, 112, e a cebola nacional seis toneladas e a importada 210 toneladas.
“Relativamente aos preços também registados bastante variações, sendo que o tomate nacional custa, o mínimo, de 220 meticais a 330 meticais, o importado de 260 a 400 meticais, pois isto tem haver com o pico ou a qualidade de tomate que recebe aquele mercado”, aclarou.
“A batata nacional custa 150 a 240 meticais, a importada, 130 a 600 meticais, e a cebola nacional 200 a 600 meticais, a importada, 250 a 650 meticais, respectivamente”, vincou.
A fonte explicou que a variação de preços depende do tipo de produto, do custo de aquisição, incluindo o valor do transporte.
Sublinhou que, todavia, não se registam situações de especulação de preços porque as equipes da INAE encontram-se instaladas em grandes Unidades Económicas com maior expressividade e que garantem a distribuição de produtos a vários outros sectores e o preço está sendo devidamente controlado.
Relativamente ao ovo, Mabutana disse persistirem restrições à sua importação, devido à estirpe da gripe aviária que resultou, recentemente, no abate de 45 mil galinhas em todo o país.
“Destaca-se em Maputo, a destruição de 14 caixas de ovos contendo cada caixa 15 dúzias, devido a problemática da gripe aviária, considerando que o produto continua interdito e encontrado em mercados como Malanga e Fajardo”.
(AIM)
Fernanda da Gama (FG)/dt