
Maputo, 11 Dez (AIM) – Uma delegação de mulheres líderes de Moçambique, incluindo deputadas da Assembleia da República (AR), o parlamento, e da sociedade civil encontra-se desde domingo, na Africa do Sul, para sessões de troca de experiências em várias áreas.
A visita que se prolongará até a próxima quinta-feira (14) constituirá oportunidade para reforço de capacidades para uma participação plena e efectiva das mulheres na liderança, a todos os níveis, e no processo de tomada de decisões na vida política, económica e pública.
A coordenadora de Programas do Instituto para Democracia Multipartidária (IMD), Lorena Mazive, instituição que está a facilitar o evento, disse tratar-se de um contributo importante para o incremento de habilidades e conhecimentos e servirá de base para o fortalecimento dos partidos políticos e das respectivas ligas femininas e juvenis.
“É bom saber que as mulheres das ligas femininas dos partidos políticos já interagem entre si, mesmo sem a facilitação do IMD,” afirmou.
Acrescentou que “isto representa um ganho assinalável para a nossa jovem democracia.”
O evento é, em parte, resultado das diferentes sessões de diálogo que se tem vindo a promover com vista a uma maior aproximação e troca de experiências das mulheres líderes.
Por sua vez, a alta-comissária de Moçambique na África do Sul, Maria Manuela dos Santos, enalteceu o trabalho que o IMD tem vindo a desenvolver no país, sobretudo no fortalecimento das capacidades dos partidos políticos e das instituições democraticamente eleitas.
Falando na abertura do intercâmbio entre mulheres moçambicanas e sul-africanas, Manuela dos Santos destacou a relevância da troca de experiências que tem lugar na quinzena dos Direitos Humanos e num contexto em que o país tem muitas mulheres sofrendo do terrorismo que assola alguns distritos da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Na ocasião, a membro de Direcção da Aliança Internacional de Mulheres e Presidente da Fundação “Mmabatho” para o Desenvolvimento de Mulheres, da África do Sul, Mmabatho Ramagoshi, defendeu que as mulheres devem trabalhar juntas independente do partido político a que pertencem.
“Devemos estar unidas e, acima de tudo, sermos vigilantes nas diferentes políticas para que alcancemos as agendas das mulheres,” disse.
Observou que a mulher não deve se abster de representar os interesses de todas as outras por causa de interesses político-partidárias.
“Eu, como mulher, represento as mulheres e não o partido. Onde não vejo benefícios para as mulheres, eu não posso trabalhar. Por isso, devemos continuar a ser mulheres, independentemente do partido a que pertencemos”, afirmou.
(AIM)
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