Maputo, 12 Dez (AIM) – O município de Pemba, a capital provincial de Cabo Delgado, norte de Moçambique, e seus parceiros, desembolsam, anualmente, entre 50 e 60 milhões de meticais (aproximadamente 940 mil dólares) para fazer face a época chuvosa e ciclónica.
O valor tem sido canalizado para acções de prevenção e mitigação de possíveis impactos das intempéries.
A informação foi avançada na manhã de hoje (12), em Maputo, pelo presidente do município da cidade de Pemba, Florete Mutarua, falando a jornalistas a margem do lançamento do Índice de Resiliência de Construção em Moçambique para mitigar o impacto das alterações climáticas pelo International Finance Corporation (IFC).
“Podemos ter um cálculo médio [não exacto], mas pegando como exemplo o ciclone Kenneth, o município gastou cerca de 50 milhões de Meticais com apoio de parceiros e governo central”, disse o Edil.
“Gasta-se neste período dos ciclones e intempéries extremas entre 50 e 60 milhões,” apontou.
Sobre a resiliência no seu município, a fonte disse estar a trabalhar com a vereação responsável pelo sector, e população local, de modo a que as construções sejam resilientes às alterações climáticas.
“Nós temos levado muito a sério a questão da resiliência e sustentabilidade nas construções, instruímos a Vereação de Urbanização e Infraestrutura para trabalhar com os processos de novos modelos de construções,” afirmou.
Observou que “temos orientado aos munícipes que vem pedir licença de construção, seja ela para casas a beira da praia ou interior. Já criamos modelos para que as construções de todos munícipes tenham as características que o município desenhou.”
Disse que para os munícipes que não reúnem condições de construir habitações com material convencional, recomenda-se, por exemplo, aos que constroem a base de estacas que se use uma fundação mais sólida a base de pedras e não só estacas, como era feito anteriormente, “porque quem sofre mais com os eventos extremos é a nossa população pobre”.
Disse que a edilidade tem como foco os agregados familiares desfavorecidos pois as grandes organizações têm capacidade financeira robusta suficiente para erguer infraestruturas resilientes.
(AIM)
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