Maputo, 13 Dez (AIM) – A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, defende que a diplomacia económica deve ser o foco principal dos Cônsules Honorários de Moçambique no exterior, onde desempenham importantes funções de representação, promoção e defesa dos interesses do Estado.
A Ministra falava hoje (13), em Maputo, na abertura do IV Seminário dos Cônsules Honorários de Moçambique, evento que propõe seja uma oportunidade de fazer uma avaliação das actividades realizadas desde o ‘ultimo encontro de género, que teve lugar em 2018, bem como identificar os constrangimentos enfrentados e, por outro lado, perspectivar as acções futuras.
“Queremos que no vosso trabalho tenham em conta que a diplomacia económica deve ser o foco principal”, desafiou a ministra aos Cônsules Honorários, argumentando que o país precisa de mais postos de trabalho para que possa dar emprego aos moçambicanos, em particular os jovens.
“Não é para os jovens terminarem a sua formação e ficarem sem um posto de trabalho para implementar, na prática, o que aprenderam e, dessa forma, darem a sua contribuição na vida nacional e na sua vida pessoal”, disse.
Neste contexto, instou-os a procurarem mobilizar mais investimentos e mais postos de trabalho. “Contamos com o vosso apoio.”
Outro desafio lançado pela governante aos Cônsules Honorários tem a ver com a necessidade de prestação regular de contas, considerando que “é um elemento determinante para o sucesso da vossa missão.”
No seu discurso, Macamo passou em revista os últimos desenvolvimentos da vida sócio-económica e política de Moçambique, desde o último Seminário.
Com efeito, destacou o crescimento económico que se regista após um período de estagnação devido a vários factores, entre os quais a pandemia da COVID-19, a melhoria da segurança na nortenha província de Cabo Delgado, que desde 2017 vem sendo assolada pelo terrorismo, o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos ex-guerrilheiros da Renamo, maior partido da oposição, e as últimas eleições autárquicas de 11 de Outubro passado, cujo processo está na recta final.
Segundo a Ministra, o país continua a consolidar as suas instituições e o processo democrático; a promover a paz e o diálogo para a solução dos seus problemas; a consolidar a sua economia; e a reforçar a sua política externa, visando fazer mais amigos e parcerias.
“Como componente importante da consolidação do seu processo democrático, Moçambique continua: a implementar a descentralização política e sócio-económica, do nível central para o provincial e deste nível para autarquias locais, representando igualmente um espaço mais alargado de oportunidades para o estabelecimento de parcerias e investimentos com os países onde os Senhores Cônsules Honorários o representam”, vincou.
O seminário tem a duração de dois dias e nele participam grande parte dos 29 Cônsules Honorários de Moçambique, no exterior.
(AIM)
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