Maputo, 13 Dez (AIM) – A empresa pública Eletricidade de Moçambique (EDM), o Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) e o consórcio formado pela Électricité de France (EDF), TotalEnergies, Sumitomo Corporation, assinaram hoje, em Maputo, o Acordo Quadro de Implementação (FWA) da Hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa na província central de Tete.
Trata-se de um instrumento que formaliza a entrada dos parceiros no projecto hidroeléctrico para a sua materialização.
O projecto, orçado em 5,5 mil milhões de dólares norte-americanos, tem uma capacidade instalada para gerar 1.500 MW. As projecções indicam que durante a fase de construção deverá empregar cerca de sete mil trabalhadores e três mil empregos permanentes após conclusão do empreendimento, 95 por cento dos quais para cidadãos moçambicanos.
Os prazos indicativos apontam para o final do ano de 2024 o fecho financeiro do projecto e 2030 para a conclusão das obras.
Segundo o estadista moçambicano, Filipe Nyusi, a assinatura do acordo é a materialização de um sonho antigo dos moçambicanos.
“É com muita expectativa e satisfação que hoje testemunhamos uma etapa crucial no sentido de implementação de um dos empreendimentos estruturantes no sector energético e no período pós-independência a seguir a Central Térmica de Temane”, disse.
“A assinatura dos acordos de implementação formaliza a entrada do parceiro estratégico no projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa que se irá juntar a Eletricidade de Moçambique (EDM) e a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), para a concretização deste sonho antigo dos moçambicanos”, apontou.
Para além do Acordo Quadro de Implementação (FWA) a EDM, HCB, Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), e o consórcio Électricité de France (EDF), TotalEnergies, Sumitomo Corporation, as partes assinaram o Acordo de Implementação (JDA).
Falando durante o evento, Nyusi disse que o projecto deverá gerar receitas para o governo, provenientes de impostos, taxas de concessão, acima de 6,2 milhões de dólares no mercado durante a fase de operação e adicionalmente mais empregos, taxas e impostos resultantes de novos negócios estabelecidos através do fornecimento de energia eléctrica para as pequenas e médias empresas.
Para a concretização do projecto, a União Europeia, o Banco Europeu de Investimento, Banco Africano de Desenvolvimento e EDM anunciaram o desembolso de mais de 500 milhões de dólares norte-americanos.
O projecto também conta com o apoio de outros parceiros, incluindo a Agência Francesa de Desenvolvimento, Banco de Desenvolvimento Sul-Africano, Banco Islâmico de Desenvolvimento.
O acto juntou os mais diversos actores da sociedade, incluindo representantes do sector privado, sociedade civil, membros do governo entre outros convidados.
(AIM)
CC/sg