Maputo, 18 Dez (AIM) – Os acidentes de viação ocorridos em Moçambique mataram 581 pessoas no período compreendido entre Janeiro e Setembro do corrente ano anunciou hoje, em Maputo, o Vice-Ministro dos Transportes e Comunicações, Amilton Alissone.
Embora o número de óbitos continue a ser muito elevado, representa uma redução de 12 por cento quando comparado com igual período do ano passado. A mesma tendência regista-se no número de acidentes que caiu 24 por cento, para se situar em 513 sinistros.
As autoridades atribuem a queda como sendo fruto da mobilização de todas as forças vivas da sociedade na promoção da segurança rodoviária no país.
“Como resultado do trabalho que temos vindo a realizar, encoraja-nos a tendência de redução dos principais indicadores de sinistralidade rodoviária, disse Amilton Alissone, Vice-Ministro dos Transportes e Comunicações, hoje (18), em Maputo, durante o lançamento da campanha de segurança rodoviária “TIVONELENI”
“De Janeiro a Setembro de 2023, os acidentes de viação reduziram 24% e as mortes abrandaram 12%, quando comparado com igual período do ano passado”, revelou.
Sublinhou que não obstante esta tendência de redução dos acidentes de viação e suas consequências, continua preocupante o elevado número de mortes e feridos que registamos nas estradas moçambicanas.
Com efeito, o Governo está a implementar uma reforma legal que deverá incorporar penas mais severas no Código da Estrada para disciplinar condutores manifestamente negligentes que têm semeado luto e dor no seio das famílias moçambicanas.
Explicou que o problema da segurança rodoviária não deve ser entendida como um problema exclusivo do Governo. “É um problema de todos nós. Os acidentes de viação matam médicos, professores, jornalistas, políticos, transportadores, comerciantes, entre outros quadros formados e aptos para dar a sua contribuição no desenvolvimento de Moçambique”, vincou.
Acrescentou que “por detrás dos números existem, sonhos interrompidos, famílias desestruturadas, entre outros traumas”.
Constantino Gode, Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Rede viária de Moçambique (REVIMO) frisou que a segurança rodoviária não deve ser matéria exclusiva das autoridades e entidades gestoras das infra-estruturas rodoviárias.
“Todos nós, na qualidade de cidadãos, somos chamados a esta importante tarefa de zelar pela transitabilidade segura nas estradas, em prol da preservação do valor mais alto que temos: o valor da vida humana”.
Referiu que em cada cidadão há um activista, que deve cuidar do outro, chamar a atenção quando nota uma atitude pouco prudente ou infracção rodoviária.
Na mesma ocasião, reconheceu o trabalho árduo realizado pela Polícia de Trânsito, Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários, Administração Nacional de Estradas, as autoridades municipais e entidades gestoras de infra-estruturas rodoviárias com vista a garantir uma transitabilidade segura nas estradas.
Por isso, apela aos utentes das vias públicas no sentido de observarem continuamente as regras de trânsito e encorajar os automobilistas a pautarem por maior prudência na condução e os pedestres, por uma maior atenção na travessia das vias públicas.
Já o representante da Associação Moçambicana para as Vítimas de Insegurança Rodoviária (AMVIRO) disse que a iniciativa insere-se nas acções de reforço de segurança rodoviária na quadra festiva em resposta às acções multissectoriais promovidas pelo governo, em colaboração com o sector privado e sociedade civil.
A campanha compreende acções de sensibilização aos condutores, passageiros e peões com recursos à materiais audiovisuais tais como panfletos, estímulos sonoras em locais de maior fluxo rodoviário levadas a cabo por activistas devidamente treinados para o efeito.
(AIM)
SNN/SG