Manifestação organizada pelo MISA-Moçambique contra assassinato de jornalistas
Maputo, 18 Dez (AIM) – O Instituto da Comunicação Social para África Austral (MISA-Moçambique) exige uma investigação profunda sobre as causas que levaram à morte do jornalista moçambicano, João Chamusse.
Por isso, o MISA submeteu, na manhã de hoje (18), uma petição à Procuradoria Geral da República (PGR), para exigir o esclarecimento da recente morte do jornalista, assinado na sua residência.
“Vimos aqui deixar um apelo ao Ministério Público para que exerça as suas atribuições no âmbito de titular da acção penal, para que faça uma investigação séria e profunda que nos permita chegar a verdade material que nos permita saber em que circunstâncias, quem são os autores e quais são as motivações para o assassinato do nosso colega João Chamusse” disse o Presidente do MISA-Moçambique Jeremias Langa, falando a imprensa minutos após a submissão da carta.
A fonte disse igualmente estar a submeter uma exortação ao Ministério Público moçambicano para que este investigue e apure a veracidade dos acontecimentos.
“Achamos que o esclarecimento deste assunto é importante para um clima de liberdades em Moçambique, [uma vez que] muitos profissionais da classe estão intimidados. Há uma certa retracção relativamente às liberdades porque as pessoas não sabem quais foram as motivações para o assassinato do João Chamusse se foi por via da liberdade por dizer o que pensa ou outras motivações”, apontou.
Langa diz ser fulcral o esclarecimento das circunstâncias da morte “para que as pessoas fiquem cientes do que é que motivou o assassinato”.
Aliás, segundo o mesmo, “enquanto não ficar esclarecido vamos ter um campo de suspeitas, um campo em que os profissionais não vão estar a vontade”.
O MISA pede uma acção mais “enérgica” por parte do Ministério Público em relação aos crimes contra os profissionais da Comunicação Social.
As causas da morte do Jornalista e Comentador João Chamuse são até então desconhecidas.
Até aqui apenas sabe-se que o mesmo foi morto próximo a sua residência no distrito municipal da Ka Tembe, cidade de Maputo.
(AIM)
CC/SC
