Chimoio (Moçambique) 22 Dez (AIM) – Está concluída na província de Manica, a primeira fase de entrega de 38 casas a igual número de famílias deslocadas vítimas do terrorismo que assola alguns distritos de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
No total, são perto de 200 pessoas que, a partir de hoje, passam a viver em condições melhoradas depois de serem entregues as casas construídas de raiz, no bairro de Chianga, na cidade de Chimoio, capital da província de Manica.
As habitações, tipo 1, são uma iniciativa do governo com o apoio da Companhia Pipeline Moçambique/Zimbabwe (CPMZ), um projecto que iniciou em 2022.
O director comercial e de marketing na CPMZ, Victor Macuácua, explicou, sem revelar o valor aplicado na empreitada, que as 38 casas deste lote foram construídas de forma faseada.
A primeira etapa consistiu na edificação de 16 residências entregue a igual número de beneficiários.
“Hoje estamos a entregar outras 22 para totalizar 38 habitações. Os beneficiários são famílias muito bem identificadas, vítimas dos ataques dos terroristas em Cabo Delgado. Com o envolvimento directo do governo do distrito de Chimoio, estamos a materializar este programa que vai minimizar o sofrimento daquela população” disse Macuácua.
Segundo a fonte, o que interessa neste momento não são os custos, mas sim, a materialização deste plano que consta do pacote responsabilidade social da empresa.
Para além da construção das casas a empresa também abriu furo de água naquela comunidade e tem, igualmente, estado a assistir às famílias em produtos de primeira necessidade.
“Prestamos assistência em produtos alimentares e outros de higiene para que retomem a sua vida normal. Os resultados são bastante animadores porque vemos no rosto o sorriso da população que, aos poucos, vai se reerguendo, depois de viver debaixo de muito sofrimento”, disse.
Explicou que o projecto havia sido desenhado para beneficiar 16 famílias. Mais tarde, houve a necessidade de se aumentar o número de casas para atender mais famílias deslocadas.
Entretanto, o administrador do distrito de Chimoio, Daniel Andicene, que procedeu à entrega das habitações, pediu aos beneficiários para conservarem aquelas infra-estruturas.
“Essas casas são vossas. Não queremos ouvir que venderam ou mandaram arrendar. O governo e o parceiro construíram as habitações para vocês. Se soubermos que alguém vendeu ou mandou arrendar, havemos de arrancar a casa e atribuirmos a outra pessoa”, advertiu Andicene.
O governante apontou como próximos desafios para a melhoria das condições de vida daquela população, a expansão da energia eléctrica para aquele bairro e identificação de áreas para actividade agrícola.
Referiu que o governo continuará a mobilizar mais parceiros para ajudar a resolver os problemas da população.
“O governo tem mantido contacto com os distritos vizinhos e outras estruturas para encontrarmos algumas áreas onde será parcelada para a população produzir alimentos”, garantiu.
“Mas também queremos ver estas casas com energia. Portanto, com o envolvimento da empresa Electricidade de Moçambique (EDM), vamos estudar os mecanismos adequados para que rapidamente esta zona esteja iluminada. A EDM está a mobilizar recursos para expandir a corrente eléctrica”, disse.
Os beneficiários das casas mostraram a sua satisfação, cantando e dançando em gesto de agradecimento ao governo e parceiros e comprometeram-se em tudo fazer para conservar aquelas habitações, como reconhecimento dos esforços dos responsáveis do distrito de Chimoio e a Companhia Pipeline Moçambique/Zimbabwe.
(AIM)
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